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Documentário sobre a Chapecoense é embargado após ação judicial do próprio clube

Familiares das vítimas não sabiam que o filme estava sendo realizado.

18 out 2017 - 12h59
(atualizado às 15h50)
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O documentário O Milagre de Chapecó, produzido e dirigido pelo uruguaio Luis Ara Hermida, teve seu lançamento barrado pela justiça de Santa Catarina após uma ação da própria Chapecoense,apoiadora do longa sobre a história do time. Segundo o R7, a decisão de rescisão contratual do clube de futebol aconteceu após pressão das famílias das vítimas.

Foto: AdoroCinema / AdoroCinema

No dia 12 de outubro, uma viúva da tragédia acontecida no dia 28 de novembro de 2016 foi ao cinema e assistiu na telona o trailer de O MIlagre da Chapecó. Ela contou o ocorrido à Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo da Chapecoense (AFAV-C), que não sabia da produção do longa e muito menos do apoio que a Chapecoense oferecia ao documentário. Pressionado, o clube decidiu romper o contrato com a produtora Trailer Ltda. alegando "descumprimento do objeto do referido documentário", pois o trailer do filme teria sido divulgado sem a prévia aprovação da Chapecoense.

As filmagens começaram em março e foram finalizadas no início de outubro, segundo Hermida. O diretor afirma que recebeu o apoio da Chapecoense, inclusive, usou o espaço do clube para fazer filmagens. A dúvida que ronda a história é se o time contratou a realização do longa desde o início ou se embarcou na produção no meio do seu desenvolvimento, oferecendo certo tipo de autorização sobre o tema do filme.

Em pronunciamento, o diretor Hermida disse: "Eu procuro filmar tocantes que passem mensagens edificantes. Quis mostrar o renascimento do clube. Me foquei na Chapecoense, que virou um clube conhecido no mundo todo pelo acidente. Posso até destinar uma parte do que o documentário arrecadar para as associações das famílias das vítimas. Eu não pensei no dinheiro. Até porque documentário não dá dinheiro [...]".

Em resposta, Fabienne Belle, presidente da AFAV-C, afirmou: "Só que não é uma questão de dinheiro. É uma questão moral. Nossos maridos foram expostos sem o nosso consentimento. A Chapecoense não tinha o direito de autorizar documentário algum sobre a tragédia, sem consultar as famílias. Sabemos que um acidente dessa magnitude será objeto de filmes, documentários. Mas eles só acontecerão respeitando as famílias das vítimas [...]".

Com o embargo judicial, o lançamento de O Milagre de Chapecó, que estava marcado para o dia 30 de novembro, fica em suspenso. Outro filme sem previsão de estreia envolvendo o clube de futebol é a cinebiografia de Marcos Danilo Padilha, goleiro da Chapecoense que foi um dos sobreviventes do acidente. Intitulada Goleiro, a ficção será dirigida por Thiago di Melo.

AdoroCinema
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