Diniz defende Seleção com quatro atacantes e cita expectativa para enfrentar a Argentina: "Muito feliz"
Nesta terça-feira, a Seleção Brasileira enfrenta a Argentina em partida válida pela sexta rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026. Precisando vencer após três tropeços seguidos, o Brasil deve ter mudanças na escalação. Em entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira, o técnico Fernando Diniz falou sobre as suas escolhas.
A tendência é que o comandante mantenha o esquema com quatro atacantes. Na sua visão, essa formação não deixa o time mais enfraquecido defensivamente.
"Eu não enxergo o futebol da mesma maneira que vocês, talvez. Se eu colocasse mais um meia ou volante o time iria ficar mais protegido ou coisa do tipo? Eu não encaro assim. Na Copa, o Brasil jogou com uma formação parecida. O Neymar é um atacante, jogou com dois pontas, um atacante e o Paquetá, que é mais ofensivo que o Bruno Guimarães. Estamos tratando esse quarteto como uma coisa inovadora, mas não é", disse.
"O que muda é que temos um novo jeito de jogar, mais agressivo e a equipe vai se adaptando. Leva tempo. Vamos fazer as correções no sistema defensivo. Minha maneira de pensar o futebol não é departamentalizando o jogo. É um jeito de jogar muito mais orgânico e junto", ampliou.
O treinador, aliás, destacou que trabalhou muito com os jogadores nos últimos dias para encontrar um equilíbrio diante da seleção argentina.
"O grupo sentiu a tristeza que tem que sentir e vontade de melhorar. Temos trabalhado muito. Temos trabalhado constantemente para encontrar um equilíbrio. Espero que amanhã a gente tenha um time mais equilibrado, sem perder a ofensividade e poder de criação", contou.
Por fim, Diniz falou sobre o seu sentimento de enfrentar a Argentina no Maracanã, palco onde se consagrou campeão da Libertadores recentemente.
"Eu estou feliz, muito feliz, honrado e desafiado, principalmente quando se tem um jogo desse tamanho nesse estádio. É um desafio e eu adoro", finalizou.
O embate com a Argentina está marcado para esta terça-feira, às 21h30 (de Brasília), no Maracanã.
No momento, o Brasil ocupa a quinta colocação das Eliminatórias, com sete pontos, cinco a menos que os argentinos, que lideram
Veja outros trechos da coletiva de Diniz.
Influência da torcida no Maracanã
"Eu acredito que a Seleção vai contribuir para o ambiente. Concordo que o Maracanã responde de um jeito diferente quando as coisas não andam bem. Quando vão bem, respondem muito positivamente. Vai depender muito de como a equipe se comportar dentro de campo. Esperamos fazer um grande jogo. Nos preparamos muito. Esperamos que a torcida possa jogar com o time"
Mudanças na Seleção
"São jogadores que fazem falta em todos os sentidos. A equipe que vai começar amanhã, é quase o oposto. Vamos ter só três jogadores titulares que jogaram a Copa. É um ciclo que vai se renovando. Outros jogadores muito talentosos estão tendo oportunidade e estão se habituando. Quem está aqui tem que estar preparado para ser criticado e, quando tiver que ser enaltecido, ser enaltecido. Os jogadores vão amadurecendo. Quando o resultado não vem, a gente tem que olhar internamente e procurar se fortalecer. Eu acredito muito nesses jogadores que estão aqui"
"A gente vive no mundo real. O mundo ideal seria fazer menos mudanças, mas temos que perceber com quem vamos fazer as melhores conexões. A maioria eu não troquei por vontade própria. O Paquetá era para estar aqui, o Neymar, o Danilo, o Casemiro…Teve muito problema de lesão. E você precisa avaliar quem vai se adaptar melhor e produzir resultados. Depois de um tempo em que eu estiver aqui e agente tiver uma seleção melhor de jogadores, você vai poder estabelecer outros parâmetros daqueles que responderam melhor o ambiente. Se eu pudesse manter os jogadores, provavelmente teríamos menos mudanças para aprimorar as conexões. Tem jogadores que poderiam estar aqui, mas na Copa dificilmente vai estar. Você precisa preparar os jogadores"
Jogo contra a Argentina
"Estamos tentando fazer as correções, construir ambiente e treinar muito. Temos trabalhado muito para fazer um grande jogo"
Tempo na Granja Comary
"Isso foi o melhor que poderíamos fazer. O presidente foi extremamente participativo. Foi ele que atendeu a ideia prontamente e nos ajudou a ter agilidade e condições de treinar o time. Atendeu a todos. As condições de trabalho foram excelentes"