Brasil x Argentina: pela 6ª vez longe de casa desde 2010
Entender os critérios da escolha dos locais dos amistosos da Seleção Brasileira é um exercício que exige muito raciocínio. Basta citar como exemplo o clássico Brasil x Argentina, que vai ser reeditado de novo, em 15 de novembro, na Arábia Saudita. Desde 2010, esse vai ser o sexto confronto entre as duas seleções disputado a milhares de quilômetros da América do Sul.
Em novembro de 2010, por exemplo, o Brasil perdeu para a Argentina por 1 a 0 em amistoso realizado em Doha, no Catar. Já em 2012, o clássico vencido novamente pela Argentina, por 4 a 3, foi presenciado por quem esteve no Met Life Stadium, em Nova Jersey, nos Estados Unidos.
Em outubro de 2014, a China recebeu as duas seleções – vitória brasileira por 2 a 0. Três anos depois, uma nova volta ao mundo de boa parte dos jogadores das duas equipes, em amistoso realizado em junho, na Austrália, com outra derrota do Brasil imposta pelos rivais (1 a 0).
Como se não bastasse o desgaste dos que atuam nos dois países e até mesmo dos que jogam em times europeus, com viagens tão longas e desnecessárias, o ano de 2018 reservaria um novo confronto para Brasil e Argentina bem longe da América do Sul.
Dessa vez, o cenário foi o King Abdullah Sports City Stadium, na Arábia Saudita – a equipe comandada por Tite venceu por 1 a 0. Agora, em novembro, as duas seleções voltam ao estádio a fim de um novo desafio.
Para se ter uma ideia de toda essa desproporção, basta checar a quantidade de partidas entre os principais rivais do continente realizadas ou no Brasil ou na Argentina no mesmo período. Foram sete, ou seja, quase o mesmo número dos encontros em outros cantos do planeta.
Quem programa os amistosos da Seleção Brasileira é a empresa Pitch, com a qual a CBF tem contrato até 2022.
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