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Nenê e Leandrinho são hostilizados, e Oscar engrossa coro: "vaio há anos"

Maior nome da história do basquete brasileiro comentou as vaias que os atletas brasileiros escutaram na partida amistosa da NBA entre Chicago Bulls e Washington Wizards, no Rio de Janeiro

12 out 2013 - 19h54
(atualizado às 22h34)
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<p>P&uacute;blico mostrou carinho a Oscar Schmidt</p>
Público mostrou carinho a Oscar Schmidt
Foto: Getty Images

A primeira partida oficial da história da NBA em solo brasileiro, entre Chicago Bulls e Washigton Wizards (vitória do primeiro por 83 a 81), no Rio de Janeiro, teve o seu momento de constrangimento para quem deveria ser a estrela da noite: Nenê Hilário, pivô dos Wizards, foi extremamente vaiado pelo público na HSBC Arena. Anunciado pelo mestre de cerimônias do evento, Leandrinho foi outro que ouviu vaias dos fãs de basquete.

"Estou vaiando eles há anos", comentou Oscar, maior nome da história do basquete brasileiro, presente ao evento no Rio e o único ovacionado pelos torcedores. O "Mão Santa" é defensor da ideia de que os atletas brasileiros da NBA não podem recusar a Seleção Brasileira, como ocorreu com Nenê e Leandrinho, que pediram dispensa da equipe comandada por Rubén Magnano na Copa América - o Brasil foi eliminado, vergonhosamente, ainda na primeira fase.

"O público entende e gosta de Seleção Brasileira. Eu comentei os Jogos do Pan-Americano (em 2007) com isso aqui lotado todos os dias. Então, se recusa a Seleção Brasileira, você está recusando o seu País. E não adianta vir com discursinho, não", completou ainda Oscar, que, em agosto, tornou-se membro permanente do Hall da Fama da NBA.

O maior pontuador da história do basquete (49.703 pontos) e campeão Pan-Americano em plenos EUA em 1987, em Indianápolis, sempre foi um grande defensor de que os atletas brasileiros, mesmo com contrato com a maior liga do mundo da modalidade, nunca poderiam abrir mão de defender seu País - mesmo com o risco de alguma lesão poder ameaçar os contratos milionários que assinaram.

<p>Único brasileiro em quadra neste sábado, Nenê enfrentou animosidade da torcida no RJ</p>
Único brasileiro em quadra neste sábado, Nenê enfrentou animosidade da torcida no RJ
Foto: Mauro Pimentel / Terra

"Não quero vê-los perto de mim", reforçou o "Mão Santa", ao ser indagado se aceitaria uma aproximação com Nenê e Leandrinho. "Nós precisamos fazer uma Seleção Brasileira melhor, como a gente parecia que estava fazendo", disse ainda, sobre a equipe que se classificou para a Olimpíada de Londres (2012) após ser vice-campeã do Pré-Olímpico, na Argentina.

"Mas parece que se os (jogadores) da NBA não jogam, a gente não ganha de ninguém. E a gente perde até da Jamaica", completou, sobre a derrota que causou a inédita eliminação ainda na primeira fase da última Copa América, tirando qualquer chance de classificação brasileira para o próximo Mundial organizado pela Federação Internacional de Basquete (Fiba), a ser realizado no ano que vem, na Espanha.

Oscar ainda comentou sobre a primeira partida oficial da NBA em solo brasileiro, muito embora seja um jogo amistoso fora da temporada regular. Na opinião do ex-jogador, que se recupera um câncer, o modelo norte-americano é exemplar e deve ser copiado em toda a sua essência.

"A NBA é vitrine e modelo para qualquer país que goste de basquete, mas para fazer algo parecido precisa muito dinheiro da televisão. É da onde vem o dinheiro, da TV e dos ingressos, não tem nem patrocínio na camisa lá. Eles não precisam. É praticamente impossível fazer algo parecido com a NBA aqui no Brasil. Mas que a gente pode melhorar muito, a gente pode, basta olhar o sistema deles e tentar copiar", afirmou Oscar, ainda questionado se existiria público para esta mistura de basquete com entretenimento. "Basta olhar para o ginásio, está lotado".

Fonte: Terra
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