"Menina doce", Iziane promete ficar na Seleção até aposentadoria
Dois anos depois de brigar com o técnico Paulo Bassul e deixar a Seleção Brasileira feminina de basquete, Iziane Marques está de volta. Agora sem o desafeto no comando, a jogadora afirmou ter se sentido à vontade ao lado das compatriotas e prometeu continuar na equipe nacional o máximo que puder.
"Com certeza", respondeu a ala/armadora, ao ser questionada se será possível vê-la defendendo a Seleção na temporada 2011, quando o Brasil terá que disputar o Pré-Olímpico das Américas, na Colômbia. "Estarei de volta agora até me aposentar", disse, na sequência.
Assim como a pivô Érika, Iziane só pôde se apresentar ao técnico Carlos Colinas dois dias antes da estreia do Mundial. Atletas do Atlanta Dream, as duas estavam disputando a final da WNBA, a versão feminina da liga americana de basquete, na qual foram derrotadas pelo Seattle Storm.
"No começo não me senti à vontade na Seleção, até mesmo porque quando você chega dois dias antes da competição fica meio como um peixe fora d'água. Não sabia o que fazer, no primeiro jogo não sabia como jogar, era ruim, mas daí logo já entrei em contato com as meninas e foi um ambiente bem tranquilo. Já conhecia quase todas, menos a Damiris, então me senti à vontade. Depois, foi como se já estivesse com elas desde o começo", afirmou a atleta.
Técnico da Seleção desde março, Carlos Colinas ganhou elogios da jogadora. "Ele é muito bom técnico, bem tranquilo, me apoiou desde que eu cheguei e conversou bastante comigo, inclusive nos jogos. Foi um relacionamento bem tranquilo durante a competição", acrescentou.
Hortência não esconde admiração
"Uma menina doce". Foi assim que a ex-jogadora Hortência definiu Iziane. Agora diretora de seleções feminina da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), ela foi a principal responsável por reconduzir de volta à equipe a atleta, que se recusou a entrar em quadra durante uma partida do Pré-Olímpico, em 2008.
"Conseguimos unir todo o grupo. A Iziane, que era uma preocupação de todo mundo, foi maravilhosa. Não a conhecia, mas ela é uma menina doce, que ajudou a gente dentro e fora das quadras também. A Iziane passou a não ser mais problema", disse a dirigente.