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Motores elétricos, trocas de carros e circuitos de rua: conheça a Fórmula E

Categoria é aposta da FIA para promover alternativa a carros movidos a combustíveis fósseis; com Lucas di Grassi no desenvolvimento, competição pode contar com pilotos como Bruno Senna, Kobayashi, Petrov e Heidfeld

6 jul 2013 - 07h56
(atualizado às 07h56)
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<p>Nova categoria será disputada em circuitos urbanos de algumas das principais cidades do mundo</p>
Nova categoria será disputada em circuitos urbanos de algumas das principais cidades do mundo
Foto: Fórmula E / Divulgação

Imagine uma categoria de monopostos, como a Fórmula 1, a Fórmula Indy ou a GP2, disputada em circuitos exclusivamente de rua por alguns dos cenários mais conhecidos do mundo. Acrescente a esta categoria alguns pilotos experientes, com passagens por diversas equipes da F1, correndo ao lado de novatos. Some a tudo isso carros inovadores, com motores elétricos. O resultado final é a Fórmula E, a aposta da FIA para levar a onda sustentável ao automobilismo.

A nova competição deve estrear apenas em 2014 para ocupar o posto vago de categoria máxima dentre as disputas exclusivamente de carros elétricos. Segundo a organização, as provas acontecerão nas ruas de Rio de Janeiro (Brasil), Roma (Itália), Los Angeles (Estados Unidos), Bangcoc (Tailândia), Londres (Inglaterra), Miami (Estados Unidos), Putrajaya (Malásia), Buenos Aires (Argentina) e Pequim (China) – uma décima cidade ainda é esperada. O carro, uma "cria" da McLaren com chassi Dallara, vem sendo desenvolvido pelo brasileiro Lucas di Grassi, responsável pelas primeiras exibições públicas da Fórmula E.

<p>Segundo Lucas di Grassi, provas urbanas tentam mostrar viabilidade de alternativas ao combustível fóssil em grandes centros</p>
Segundo Lucas di Grassi, provas urbanas tentam mostrar viabilidade de alternativas ao combustível fóssil em grandes centros
Foto: Fórmula E / Divulgação

“Por enquanto o carro não está pronto. Temos um protótipo, que é para verificar a tecnologia na Fórmula E”, disse Di Grassi em entrevista ao Terra, anunciando modelos “totalmente novos” para a temporada 2014 da categoria. “Os carros vão ser testados em julho. Por enquanto é só show, apresentação”, acrescentou o brasileiro, convidado para o desenvolvimento do carro em virtude de sua experiência em categorias de monopostos.

Mas qual é a novidade na disputa dos carros elétricos? À primeira vista, é claro, os cenários – a escolha por provas em cenários urbanos é proposital, já que a Fórmula E quer atestar a viabilidade de alternativas ao petróleo em grandes centros. Mas, para quem assistir às corridas, o lado mais curioso será o “pit stop”: em vez de reabastecer o tanque, o piloto simplesmente trocará de carro, substituindo-o por um modelo com uma bateria elétrica carregada. Assim, cada competidor correrá com dois carros por prova (chamada "e-Prix"), cada um com uma bateria própria.

“O carro elétrico é limitado pela quantidade de quilômetros que pode fazer. Os experts têm a mesma ideia de que o carro comece nos centro das cidades. Nada mais normal que fazer as corridas nos centros das cidades”, explicou Di Grassi, apontando também a passagem pelos boxes como uma das curiosidades da competição. “O pit stop na Formula E é diferente do normal. Além de trocar pneus, o piloto troca de carro”, reforçou.

Apesar do trabalho nos bastidores da competição, o ex-piloto da Virgin na F1 não descartou a possibilidade de competir em 2014 nos carros elétricos. “Fui contratado pra ser o piloto de desenvolvimento do carro, pela experiência na Fórmula 1, com o trabalho de pneus (testes para a Pirelli), com o trabalho na Audi (no Mundial de Endurance). Enquanto o carro não fica pronto, eu tenho participado como um consultor esportivo. Mas a minha ideia é disputar”, afirmou.

<p>Durante as provas, pilotos realizarão troca de carros em pit stop</p>
Durante as provas, pilotos realizarão troca de carros em pit stop
Foto: Fórmula E / Divulgação

,E se Di Grassi confirmar presença no grid, que deve ter 10 equipes com dois pilotos cada, não deverá ser o único nome conhecido do grande público. Segundo o brasileiro, há “vários pilotos interessados”, como Bruno Senna, Kamui Kobayashi, Nick Heidfeld, Alexander Wurz, Vitaly Petrov, Nicolas Prost (atual piloto de testes da Lotus na F1 e filho de Alain Prost) e Jaime Alguersuari. “São pilotos de alto nível, até melhores do que vários que estão na Fórmula 1. Não só eu como eles também estão interessados na categoria”, disse Di Grassi.

Assim, como explicou Di Grassi, a Fórmula E não surge para ser uma categoria de acesso à F1, nem para substituir qualquer competição – a ideia é que a competição seja “o topo dentro do nicho dela”. Se a "Fórmula 1 sustentável" dará certo, apenas a temporada 2014 poderá dizer.

Entenda como será disputada cada etapa da Fórmula E:

Etapa Descrição
Treino livre Realizado no começo da manhã
Treino de classificação Realizado no fim da manhã, terá a soma do tempo de volta do piloto com cada um de seus carros - as menores somas garantem os melhores tempos
Recarga Após o treino de classificação, as equipes têm duas horas para fazer as recargas de seus carros antes da largada
Corrida A prova será disputada por 20 pilotos, sendo que cada um deles deverá utilizar dois carros cada. O carro será substituído por um outro no pit stop.
Fonte: Terra
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