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F1: De onde veio o “emagrecimento” da Red Bull em Ímola?

Ímola significou a introdução do primeiro pacote de “emagrecimento” do RB18. Mas o que foi mexido efetivamente pela Red Bull?

30 abr 2022 - 18h34
(atualizado às 18h35)
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Mais leve, o Red Bull RB18 voou um pouco mais em Imola.
Mais leve, o Red Bull RB18 voou um pouco mais em Imola.
Foto: Red Bull Pool Content

A questão do peso mínimo para esta temporada bateu na porta desde a pré-temporada em Barcelona. E um dos carros que se tinha como mais “gordinhos” era o Red Bull RB18. Mesmo assim, o carro mostrou um grande potencial e a equipe se lançou em um programa de “emagrecimento”.

As informações não se confirmaram, mas o que se dizia era que o RB18 estava cerca de 15kg acima do peso mínimo (798kg). De certo mesmo, foi a pesquisa de como reduzir a massa do carro. A meta estabelecida era emagrecer 10kg até Barcelona. Parte deles vieram em Imola (atribui-se cerca de 4 kg). Mas de onde vieram?

O aprendizado no tratamento dos novos carros também passa pela parte de montagem. Normalmente as equipes conseguem ganhos ao longo da temporada já na construção do chassi em si por verificar novas formas de utilização das fibras de carbono. Nisso aí, se tiram até 5kg. Mas no caso da F1 2022, a mudança foi enorme e assim os ganhos acabam sendo maiores até neste campo.

No caso específico do RB18, esse trabalho já começou e algumas das peças aerodinâmicas (aerofólios, por exemplo) já contaram com este trabalho de aprendizagem, trazendo alguns ganhos marginais no alívio de peso.

A principal mudança veio da montagem dos freios. Dada a complexidade atual destas peças por conta da recuperação de energia (MGU-K), são poucos os fornecedores que atendem a F1. Mais exatamente dois: a italiana Brembo e a inglesa AP.

Com a mudança do regulamento, os freios também mudaram de tamanho (de 278mm de diâmetro para 328mm) e a montagem deles mudou um pouco. A seguir, um esquema de como é o sistema de freios de um F1 atual.

 

A Red Bull trabalhou especialmente na montagem do sistema de acionamento dos freios chamado caliper (identificado aos 0:58 e 2:15 do vídeo acima). É a parte mais mecânica do conjunto. Combinadas as 4 rodas, aí foram cerca de 2 kg. Mas o importante não é só o alívio de peso, mas impacta também no centro de gravidade, que já foi puxado para baixo com o novo regulamento e a dupla Adrian Newey/Pierre Wache decidiu fazer um carro com uma linha de cintura mais baixa. Isso ajuda na questão da eficiência aerodinâmica (menos arrasto e mais pressão).

Uma nova sequência virá para Barcelona, onde novas peças do carro virão (para se ter ideia, a Alpine ganhou cerca de 4kg somente com um assoalho novo) bem como novas partes mecânicas. Esse novo pacote ajudará a Red Bull a se aproximar dos 798kg regulamentares e ganhar cerca de meio segundo por volta, pelo menos.

Parabólica
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