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F1 2025: Racing Bulls, uma equipe em busca de uma alma

Dividida em ser uma equipe satélite da Red Bull e trilhar um caminho próprio, Racing Bulls tenta achar uma via, em meio a mudanças

12 mar 2025 - 17h48
(atualizado às 17h50)
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Tsudona e o VCARB 02: novo carro, nova pintura...mas o desempenho ainda nao veio
Tsudona e o VCARB 02: novo carro, nova pintura...mas o desempenho ainda nao veio
Foto: Red Bull Content Pool

Carro: VCARB 02

Motor: Honda RBPTH002

Chefe de Equipe: Laurent Mekies

Diretor Técnico: Jody Egginton

Pilotos: Isack Hadjar (França - #6) / Yuki Tsunoda (Japão - #22)

Talvez uma parte de uma letra de música possa definir a Racing Bulls. “Toda essa intensidade / Buscamos identidade / Mas não sabemos explicar”. O grupo candango Capital Inicial escreveu essas frases em 1987 e se aplica aqui.

Desde quando a Red Bull comprou a Minardi em 2005, este time vem buscando uma identidade. Podemos dizer sim que ela tem o papel principal de ser a “incubadora de talentos” para a equipe principal. Porém, ao longo do tempo, a trajetória foi errática: ela começou dividindo tudo com a Red Bull, depois começou a tentar ter uma luz própria, foi “mula” para a Honda quando os japoneses foram chutados da McLaren e mais recentemente veio numa mistura de integração com a “nave mãe” e uma cara única.

Quem muito quer, nada tem. Desde 2024, o time deixou o nome da marca de roupas do grupo e assumiu o nome dos patrocinadores, virando um verdadeiro trava-língua: o nome oficial é Visa Cash App Racing Bulls. Tudo para ajudar a faturar uma nota.

Esta mudança veio na esteira de uma tentativa de venda para a Honda e de incerteza diante da morte de Dietrich Mateschitz. Porém, após um desajuste inicial, um novo comando veio (Peter Bayer, ex-FIA, e Laurent Mekies, ex-Ferrari) e foi decidida uma maior integração com a Red Bull.

A Racing Bulls já usava muitas soluções vindas da nave mãe, porém dividia seus trabalhos entre Faenza (Itália) e Bicester (Inglaterra). Desde o ano passado, começou a se montar uma estrutura para o time na nova sede em Milton Keynes e o VCARB 02, carro deste ano, usa toda a parte traseira do RB20. A parte italiana parece ficar para trás...

Porém, mesmo usando o modelo de “aproveitar o máximo de dentro de casa”, o time busca soluções próprias até para poder garantir o cumprimento do regulamento em relação a ser considerado um construtor, até se “inspirando” na nave mãe. Prova disso é o modelo deste ano.

Na tentativa de chamar a atenção, a Racing Bulls adotou uma pintura que emulou a Honda da década de 60 e a pintura especial usada pela Red Bull no GP da Turquia de 2021. Talvez um caminho para escapar da mesmice. Acabou por dividir opiniões...

Hadjar e Tsunoda: uma dupla explosiva e cheia de vontade para mostrar seu valor
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Foto: Red Bull Content Pool

No comando, Yuki Tsunoda vai para a sua quarta temporada com o time. O japonês quer mostrar que merece uma chance mais firme na F1 sem depender da sua madrinha Honda. Ano passado, chegou a testar a Red Bull e muitos pensaram que até poderia ser considerado para o lugar de Perez. O japonês cresceu sim nos últimos tempos, mas ainda precisa se provar.

Para o segundo posto, chega o francês Isack Hadjar. Domo de uma carreira interessante nas categorias de base, o piloto disputou até o final o título da F2 ano passado, mostrando muita impetuosidade e um repertório de palavrões no rádio. Chega como uma aposta direta de Helmut Marko, que vê um futuro promissor.

Nos testes de pré-temporada, o VCARB 02, embora bem convencional, não mostrou um bom desempenho: Instável em freadas e com mau desempenho em curvas. Seu Diretor Técnico, Jody Egginton, foi “promovido” dias atrás para a Red Bull Technologies (empresa que formalmente é a responsável pelo desenvolvimento e fabricação dos carros e outras atividades, como o aeroscreen da IndyCar). Junte isso ao processo de transferência de parte do time para a Inglaterra...a Racing Bulls não terá como reclamar de tédio em 2025.

O objetivo do time é ir além dos 46 pontos de 2024. Repetir Itália 2020? Talvez em um golpe de sorte. Pode ser mais fácil ir em busca de identidade e de uma verdadeira alma.

Parabólica
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