Organizada do Atlético-PR sabia dos riscos de confronto

A principal torcida organizada do Atlético-PR, Os Fanáticos, já tinha consciência de que a partida entre o time paranaense e o Vasco, em Joinville, poderia acabar em confrontos. Através de seu site oficial, a instituição tinha alertado do perigo.

“Devido ao alto risco de confrontos na estrada, em consequência do grande número de torcedores de clubes rivais que estarão se deslocando para os jogos da última rodada, nesta viagem não serão vendidas passagens para mulheres e menores”, afirmou na nota colocada seis dias atrás.

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Essa prática é corriqueira nas organizadas. Quando uma partida envolve muita rivalidade entre as torcidas, o primeiro ato é barrar mulheres e crianças das caravanas, consideradas de “guerra”.

Após a goleada por 5 a 1 contra a equipe carioca, o presidente do Atlético-PR, Mario Celso Petraglia, comentou sobre a briga que envolveu torcedores dos dois times na arquibancada da Arena Joinville – deixando quatro feridos.

“Porque correr atrás e invadir? Tem que acabar com essa impunidade. Tem que prender essa gente, dar uma basta. Se precisarmos de torcida organizada para ganharmos jogos, não quero. Vou repensar essa questão”, prometeu.

Vale lembrar que o mandatário do Atlético-PR se aliou com a organizada na última eleição do clube. Após ter uma relação de discussões, quando chegou a proibir os materiais da organizada dentro da Arena da Baixada em sua gestão antiga, Petraglia se uniu com Os Fanáticos na tentativa de ganhar as eleições – e conseguiu. “Abrimos cinco vagas para eles dentro do Conselho e se comprometeram conosco a manter um comportamento que aceitemos e eles agirão dessa forma”, declarou na época.