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Repleta de craques, Alemanha tem "ponto fraco" na lateral

29 jun 2014 - 12h54
(atualizado às 13h00)
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<p>Höwedes leva amarelo contra os Estados Unidos: dificuldades em uma posição que é novidade</p>
Höwedes leva amarelo contra os Estados Unidos: dificuldades em uma posição que é novidade
Foto: Yves Sherman / Reuters

A Alemanha é a segunda favorita para vencer a Copa do Mundo, atrás apenas do Brasil, em muitas casas de apostas, e conta com um elenco recheado de craques em quase todas as posições. Quase porque na fase de grupos, apesar de três ótimas exibições no Grupo G, o time deixou evidente seu ponto fraco. Enquanto o goleiro Neuer pode ser considerado o melhor do mundo, os zagueiros são experientes e técnicos, o meio-campo é altamente criativo e o ataque é fluido e veloz, a lateral esquerda é ocupada por um zagueiro – destro.

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Benedikt Höwedes tem 26 anos, é o capitão do Schalke 04 e um dos melhores zagueiros da Alemanha há pelo menos duas temporadas. Na seleção, porém, ele só conseguiu espaço na lateral esquerda, graças à repentina seca de nomes confiáveis para a posição. Os dois jogadores mais usados nas eliminatórias, Marcel Schmelzer (Borussia Dortmund) e Marcell Jansen (Hamburgo), não convenceram o técnico Joachim Löw e sequer foram chamados para a Copa. O reserva da seleção é também o reserva do Dortmund, o garoto Erik Durm.

O resultado é que Höwedes precisou se adaptar imediatamente a uma função que jogou pouquíssimas vezes ao longo da carreira – e pelo que foi visto na primeira fase, o ajuste ainda não foi pleno. Ele teve poucos problemas contra Portugal na estreia, mas as principais chances de Gana no empate por 2 a 2 na segunda rodada saíram por seu setor. Contra os Estados Unidos, as investidas rápidas do lateral Johnson também deram trabalho, e o alemão saiu com um cartão amarelo do duelo.

Não é que Höwedes seja um mau jogador. Para um zagueiro, ele tem técnica acima da média, calma com a bola nos pés e boa velocidade. Mas se vê claramente que está fora de posição: na defesa, às vezes, fica próximo demais dos companheiros Hummels e Mertesacker e dá espaço na lateral; no ataque, apoia com vontade, mas consegue fazer pouco diante da marcação e quase nunca vai à linha de fundo.

Em entrevista ao site da Federação Alemã, o próprio jogador admitiu que a função é completamente diferente para ele. Ele se espantou com a marca de 10,8 km corridos na partida contra os Estados Unidos e admitiu que sua primeira preocupação é manter um bom posicionamento defensivo. Porém, com a Alemanha dominando a maioria dos jogos, a participação ofensiva do camisa 4 se torna necessária para que os ataques fluam.

Dois fatores são motivo extra de preocupação para o jogo das oitavas de final contra a Argélia, às 17h desta segunda-feira, em Porto Alegre: o principal jogador do time africano, o meia Feghouli, atua justamente no setor de Höwedes; e o jogador que atua pela esquerda do ataque, que deve ser Mario Götze, não mostra muito interesse em voltar para proteger seu lateral. A situação pode mudar caso o disciplinado Podolski seja escalado pelo setor.

O técnico da Argélia, o experiente bósnio Vahid Halilhodzic, sabe que a Alemanha é a grande favorita para o duelo das oitavas. Mas certamente já identificou que, em uma seleção com tantos talentos espalhados pelo campo, um deles parece incomodamente fora de lugar. Para os argelinos, em uma batalha tão difícil, qualquer pequena vantagem pode ser o caminho para uma das maiores "zebras" da Copa.

Fonte: Terra
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