Rio - O presidente eleito do Vasco, Eurico Miranda, prestou depoimento nesta sexta-feira, em São Januário, para esclarecer alguns pontos sobre o acidente que aconteceu no estádio, no dia 30 de dezembro de 2000, quando parte do alambrado da arquibancada caiu, ferindo 168 pessoas e interrompendo a final da Copa João Havelange, entre Vasco e São Caetano. O dirigente vascaíno negou que o estádio estivesse superlotado.
Segundo Eurico, São Januário recebeu naquele dia 32,5 mil pessoas. De acordo com laudo do Instituto de Criminalística Carlos Éboli, a lotação é de 27.306,58 pessoas em pé. Mas Eurico afirma que a capacidade do estádio do Vasco é de 36 mil pessoas.
Também em seu depoimento, Eurico reafirmou que não poderia usar o Maracanã para este jogo, uma vez que o estádio estava interditado para obras. Mas o governador Anthony Garotinho havia dito que oferecera o Maracanã ao Vasco antes da final. O delegado José Renato Torres, da 17a DP, foi quem tomou o depoimento de Eurico, que durou cerca de três horas.
O próximo passo a ser tomado por José Renato é entregar na próxima segunda-feira ao Ministério Público os nomes de todos os dirigentes vascaínos que serão indiciados no caso. Até o momento, além de Eurico, o delegado ouviu as seguintes pessoas que estavam presentes no estádio no dia do jogo: Antônio Soares Calçada, então presidente do Vasco no dia do acidente, Joaquim de Lima, vice-presidente de Patrimônio do Vasco, Eduardo Vianna, presidente da Federação de Futebol do Rio de Janeiro, e Marcelo Zona Sul, presidente da Força Jovem.