Rio - Se já não bastassem os transtornos para o torcedor brasileiro por causa da confusa e indefinida final da Copa João Havelange, em São Januário, o imbróglio envolve agora a Libertadores da América.
Caso a divisão do título nacional seja mesmo confirmada nos próximos dias, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) terá de encontrar uma solução para fechar os Grupos 6 e 7, ainda indefinidos. Para isso, o mais provável é a realização de um sorteio.
O vencedor, ou seja, o campeão simbólico da Copa JH, ficaria no Grupo 7, composto ainda por Defensor Sporting (URU), Olmedo (EQU) e Cruz Azul (MEX). Adversários teoricamente mais fracos que os do Grupo 6, que enfrentarão o "vice-campeão" brasileiro: Peñarol (URU), América de Cáli (COL) e Táchira (VEN).
Ontem, mais um capítulo da novela de horrores em que se transformou o desfecho da Copa JH. Para a maioria dos representantes do Comitê Executivo do Clube dos 13, organizador da competição, a divisão do título é a decisão mais acertada.
A reunião do Comitê Executivo estava prevista para acontecer hoje, mas não houve tempo hábil para a convocação oficial de todos os seus integrantes. Segundo um dos assessores do Clube dos 13, a reunião será amanhã. Os componentes responsáveis pela decisão do campeão de 2000 são Fábio Koff, presidente da entidade, Mustafá Contursi, presidente do Palmeiras, Nélio Brandt, do Atlético-MG, Fernando Miranda, do Internacional-RS, Eurico Miranda, vice do Vasco, Paulo Maracajá, ex-presidente do Bahia, e Sérgio Prosdócimo, do Coritiba.
O vice-presidente do Vasco, Eurico Miranda, que ameaçou deixar a vice-presidência do Clube dos 13, também será convidado.
Enquanto a divisão do título não é confirmada, o presidente do São Caetano, Nairo Ferreira de Souza, prefere manter a cautela a respeito.
“Pelo que conversei com o Mustafá, o título deve ser dividido. Vasco e São Caetano já têm vaga na Libertadores. Essa conquista é histórica para o clube e para a cidade”.
Como o presidente do Azulão, a Conmebol também aguarda o fim.