FIDCs viram alternativa para empresas médias diante da retração dos bancos
As empresas do middle market (médias empresas) estão encontrando nos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) uma rota segura e estratégica para acessar crédito em um cenário de juros altos, seletividade bancária e incertezas fiscais. Em junho, a indústria de FIDCs captou R$ 22,45 bilhões, o maior volume mensal dos últimos oito meses. No acumulado de 12 meses, o saldo chegou a R$ 120,5 bilhões, consolidando os FIDCs como o principal instrumento de crédito privado estruturado do país.
Embora o volume total de crédito bancário ainda seja muito superior, com saldo de R$ 1,6 trilhão em crédito livre para empresas, o que se observa é um movimento inverso entre os dois mercados. Enquanto os bancos vêm reduzindo gradualmente sua exposição ao crédito corporativo, com queda de 0,5% em abril, os créditos privados somam mais de R$ 1,2 trilhão em estoque e a tendência é superar os bancos.
Dentro do segmento privado, os FIDCs seguem crescendo em ritmo acelerado. Apenas entre janeiro e maio, os fundos movimentaram mais de R$ 42 bilhões, mesmo com a indefinição sobre a tributação do IOF.