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Varejo é a surpresa positiva entre balanços do primeiro trimestre

Entre os destaques estão Lojas Renner e GPA; mercado mantém nível de otimismo com Ibovespa

27 abr 2019 - 04h11
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O setor de varejo surpreendeu positivamente os analistas nesta safra de balanços relativos ao primeiro trimestre de 2019. Entre os destaques estão os números da Lojas Renner, anunciados nesta semana, e do GPA, que ainda vai divulgar seu balanço completo, mas já publicou suas prévias operacionais, consideradas sólidas.

O Santander, por exemplo, destaca Lojas Renner e Localiza entre os balanços já divulgados com resultados acima da estimativa média dos analistas. A rede varejista de moda inclusive faz parte da carteira de recomendações atual do banco. Por outro lado, os destaques negativos, na opinião do Santander, foram Cielo e Via Varejo, até agora.

Em relação à temporada como um todo, o Santander está otimista. "De forma consolidada, projetamos um crescimento médio de 13,5% da receita líquida na comparação anual, enquanto os lucros corporativos devem crescer 14% na mesma base de comparação.

Em termos de eficiência, acreditamos que 54% das companhias do nosso universo de cobertura apresentarão alguma melhora de margem operacional. Setorialmente, vemos o segmento de transportes, bancos e mineração com boas perspectivas de resultado, enquanto o setor de siderurgia deve ser o destaque negativo da temporada", afirma Ricardo Peretti, estrategista de Pessoa Física da Santander Corretora.

Pedro Galdi, da Mirae Asset, também destaca positivamente os números de Lojas Renner e Localiza, enquanto Usiminas, Cielo, Via Varejo e Weg apresentaram números "fracos". Segundo ele, o momento fraco da economia justifica esses balanços mais negativos. Sobre as expectativas, Galdi espera bons números de Itaú Unibanco, Santander, Ambev, GPA e Carrefour, enquanto BRF deve repetir prejuízo, e as construtoras continuarão a refletir o mercado ainda fraco.

Outro analista que destacou o setor de varejo foi Alexandre Faturi, da Nova Futura Investimentos. Ele lembra que os números de Lojas Renner e as prévias de GPA surpreenderam positivamente, mesmo com o momento econômico mais difícil. "O GPA ainda desfrutou de uma aceleração dos preços de alimentos durante o trimestre", ressalta.

Em relação às carteiras recomendadas para a próxima semana, a Guide Investimentos retirou Sabesp ON, substituída por Bradesco PN. Além dos números do primeiro trimestre de 2019, a corretora espera que os lucros continuem crescendo nos próximos trimestres, e também a melhora na qualidade da carteira de crédito.

A Terra Investimentos retirou BB Seguridade ON da sua carteira, com a entrada de Kroton ON. Sobre o grupo de educação, os analistas da corretora destacam a conclusão da parceria com a BV Financeira, que é "um passo importante para a dependência cada vez menor de alunos Fies".

A Mirae Asset mudou quase toda sua carteira, mantendo somente Itaú Unibanco PN em relação à semana passada. Foram colocadas na carteira Santander Brasil Unit, Odontoprev ON, Usiminas PNA e Multiplan ON.

A Nova Futura manteve BB Seguridade ON e CVC ON em relação à carteira da semana passada. Entraram na carteira recomendada EDP Energias do Brasil ON, GPA PN e Movida ON. A Modalmais mudou toda sua carteira, agora composta por Porto Seguro ON, Lojas Renner ON, Petrobrás PN, Vale ON e Itaúsa PN.

Mercado mantém nível de otimismo com Ibovespa

O Termômetro Broadcast Bolsa, que tem por objetivo captar o sentimento de operadores, analistas e gestores para o comportamento do Ibovespa na semana seguinte, mostra poucas mudanças no quadro das expectativas para o índice, em comparação ao levantamento anterior.

Na pesquisa, cujo universo é de 33 participantes, a fatia dos que esperam alta manteve-se em 57,58%. A percepção de estabilidade passou de 21,21% para 27,27% e a de queda, recuou de 21,21% para 15,15%. O principal índice da B3 teve ganho semanal de 1,75%.

A próxima semana terá um dia útil a menos, com o feriado do Dia do Trabalho na quarta-feira, quando não haverá negócios no mercado brasileiro. A agenda será cheia de indicadores e eventos no Brasil e no exterior, sendo o ponto alto a reunião de política monetária nos Estados Unidos. No dia 1º, o Federal Reserve (banco central americano) se reúne para decidir sobre a taxa de juros e a expectativa consensual é de manutenção da taxa na faixa entre 2,25% e 2,50%. Na sequência da reunião, haverá discurso do presidente da instituição, Jerome Powell.

Outros destaques na semana são a divulgação, na segunda-feira, do índice de preços dos gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), medida preferida de inflação do Fed, referente a março; e o relatório de emprego de abril, com o saldo de geração de vagas e ganho médio por hora do trabalhador, entre outras informações, na sexta.

Por aqui, o mercado financeiro terá atenção especial com o resultado da produção industrial de março, que servirá de termômetro sobre o pulso da atividade no primeiro trimestre.

Na temporada de balanços locais do primeiro trimestre, serão publicados os resultados de empresas com ações consideradas blue chips na B3, como Itaú Unibanco e Santander, e outras grandes companhias, como Natura, CCR e Klabin.

Estadão
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