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Três opções de investimento para ganhar com a alta do dólar

Dólar começou e terminou 2015 em alta, e, ao que tudo indica, em 2016 seu comportamento não será diferente.

23 fev 2016 - 17h45
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O dólar começou e terminou 2015 em alta, e, ao que tudo indica, em 2016 seu comportamento não será diferente. Mas como um investidor pode aproveitar esse movimento e lucrar com o câmbio? O Financista ouviu especialistas e listou três opções de investimento para ganhar dinheiro com o dólar alto.

Aplicação em dólar: com incertezas no exterior e na cena doméstica, o mais prudente é fazer investimentos de curto prazo
Aplicação em dólar: com incertezas no exterior e na cena doméstica, o mais prudente é fazer investimentos de curto prazo
Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas / Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas

"Com todas as incertezas do panorama doméstico e internacional, o mais prudente seriam investimentos com prazos curtos. Isso também é válido para a compra de ativos como fundos cambiais, ações no exterior e papéis de empresas brasileiras com participação elevada de receita em dólares", diz Eduardo Velho, economista-chefe e sócio da INVX Capital Asset. Ele recomenda que o percentual do portfólio investido em ativos em dólar não ultrapasse 25%.

Segundo Velho, a economia brasileira pode se deteriorar ainda mais caso os projetos da CPMF e da reforma da Previdência não passem no Congresso. Além disso, são esperados para os próximos meses novos rebaixamentos do rating do Brasil pelas agências de classificação de risco. Tudo isso será combustível para manter o dólar em um patamar acima de R$ 4 "de forma mais estrutural”, diz o economista.

A moeda americana pode servir como um escudo para momentos de crise. “O dólar, em alguns momentos do mercado, serve como instrumento de ajuste contra uma crise. Se temos uma crise política, uma crise econômica ou até mesmo social, o ajuste de preços é feito via mercado de câmbio”, observa o analista da Clear Investimentos Raphael Figueredo.

Confira três opções de investimentos linkados com o câmbio:

1) Fundos cambiais

Nesse tipo de investimento, a performance da cota do fundo está atrelada ao comportamento de moedas de outros países. Para ser considerado um fundo cambial, 80% de sua carteira deve estar aplicada em ativos ligados a moedas, como dólar e euro. Eduardo Velho explica que esses fundos possuem um grau de risco de moderado a alto.

A tributação dos fundos cambiais é similar à do segmento de renda fixa, incidindo as mesmas alíquotas de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras)e Imposto de Renda sobre os rendimentos, ambos retidos na fonte. A cobrança do imposto é feita semestralmente: uma antecipação do imposto de renda pela alíquota mínima (15%), com um ajuste no resgate de acordo com o período de investimento (procedimento conhecido como "come-cotas").

Velho explica que outra forma de se expor a ativos em dólar é aplicar em fundos multimercados que investem em ativos de empresas brasileiras e estrangeiras no exterior. "É uma boa oportunidade de diversificação na ótica da relação risco-retorno, quando se considera um ambiente mais propício de desvalorização do real", avalia. "Entretanto, deve-se ressaltar que os investimentos em ativos de renda variável, como os indexados à moeda estrangeira, possuem riscos. E ainda temos uma taxa de juros atrativa na renda fixa, ou seja, um custo de oportunidade elevado", pondera.

2) Contratos futuros de dólar

Esse é um tipo de investimento que exige conhecimento do funcionamento do mercado de futuros, que funciona na BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros). É um instrumento para ajudar aqueles que realizam operações atreladas ao dólar a se protegerem das oscilações de preço da moeda. No mundo corporativo seria o caso das empresas exportadoras e, no caso de pessoas, quem tem despesas em dólar. 

Segundo o analista da Clear, é uma opção de investimento para aproveitar as variações da moeda. É possível aplicar com valores pequenos, dependendo da corretora. “É um produto acessível e com liquidez, porque tem muito negócio. A trajetória de alta do dólar favorece um ambiente de mais volatilidade desse mercado e oferece maiores oportunidades de ganhos”, afirma.

O imposto de renda no mercado futuro é de 15% sobre os ganhos da operação e deve ser pago mensalmente. No caso de perdas, elas podem ser compensadas com os ganhos do próprio mês ou nos meses subsequentes em outras operações.

3) Ações de empresas exportadoras

A compra de ações de companhias brasileiras que possuem boa parte da receita vinda do exterior é uma forma indireta de se expor ao câmbio. “É uma boa opção, mas desde que essas empresas estejam alinhadas aos seus próprios fundamentos. Nesse caso, não dá para tratar somente do câmbio como o principal motivo do resultado dessas empresas", diz Raphael Figueredo. 

Ele cita como exemplo a JBS. Segundo o analista, a empresa tem problemas de governança corporativa e está envolvida em investigações de corrupção. "Por mais que ela tenha aumento de receita por causa do câmbio, os fundamentos da empresa acabam prejudicando seus resultados”, explica.

Entre as empresas que podem ter seus resultados beneficiados com o câmbio, os especialistas citam a Ambev (ABEV3), a BRF (BRFS3) e a Suzano (SUZB5).

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