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Sinais de retomada nos lançamentos da capital paulista

Nas demais regiões do País, o desenvolvimento de novos projetos ainda é incipiente, diz o presidente da Brasil Brokers

25 jun 2019 - 03h11
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Na visão de Claudio Hermolin, presidente da Brasil Brokers Participações, são "claros os sinais efetivos de retomada" na cidade de São Paulo. "É o único mercado", diz. "Nas outras praças, os sinais são incipientes."

A empresa controla as imobiliárias Abyara e Brasil Brokers. Ambas foram premiadas com o Top Imobiliário. Na Região Metropolitana de São Paulo, os lançamentos com participação da Abyara apresentaram valor geral de vendas de R$ 1,85 bilhão em 2018, com aumento de 47% em relação ao ano anterior.

Segundo os dados cadastrados pela Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), a Abyara foi vice-campeã na categoria Vendedoras.

A Brasil Brokers ficou em 4º lugar no ranking, registrando uma queda de 30% - de R$ 1,04 bilhão em 2017 para um VGV de R$ 719 milhões no ano passado.

Juntas, as duas redes de imobiliárias participaram de 32 lançamentos com 6,3 mil unidades e valor de vendas de R$ 2,57 bilhões em 2018, conforme os registros da Embraesp.

Marca única. Abyara e a Brasil Brokers integraram operações para consolidar uma única marca em São Paulo. O anúncio foi feito neste mês.

As duas marcas disputavam o mesmo mercado. "Resolvemos consolidar as operações. Abyara é uma marca forte, com história em São Paulo e recall muito importante", afirma Hermolin. "Nesta retomada do mercado, decidimos ganhar market share, juntando as forças das duas marcas dentro da mais valiosa."

No balanço do primeiro trimestre, mensagem ao mercado já sinalizava o reposicionamento, destacando investimentos em tecnologia digital e no desenvolvimento de ferramentas para os corretores, utilizando inteligência de dados. Também cita a diversificação de receitas, para se tonar uma ampla plataforma de negócios imobiliário, e a redução de despesas em busca de equilíbrio financeiro.

A Brasil Brokers Participações vê condições para um novo ciclo de crescimento do setor. Segundo o mesmo documento, o aumento da velocidade de vendas dos novos empreendimentos, somado à redução dos estoques de imóveis prontos, cria ambiente mais favorável para aceleração dos segmentos de médio e alto padrão nos próximos trimestres.

Hermolin aponta avanço dos novos projetos com imóveis acima de R$ 1,5 milhão, teto do sistema financeiro de habitação (SFH). Como, por exemplo, o 1300 Jurupis (na Alameda Jurupis), em Moema, com 160 m² e preços a partir de R$ 2,3 milhões, conforme o site da Abyara.

Na outra ponta, os imóveis do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) "passaram ao largo da crise" do setor, diz. "A demanda existe porque o déficit habitacional é enorme."

Segundo o presidente da Brasil Brokers, o mercado imobiliário passa por instabilidade em diferentes regiões do País. "Todo momento em que se coloca em xeque a capacidade do governo de aprovar a reforma da Previdência e outras mudanças estruturais, tão importantes pra retomada econômica do Brasil, isso gera um clima de incertezas", avalia Hermolin.

Mesmo sendo um período afetado por férias e carnaval, São Paulo avançou na venda de lançamentos nos três primeiros meses deste ano. Ele também diz não ver incorporadores nem construtores tomar a decisão de "postergar ou cancelar" lançamentos por causa do cenário econômico.

O tíquete médio dos imóveis novos subiu 2% em 2018, chegando a R$ 345 mil (contra R$ 337 no ano anterior). A maior parcela (33%) dos imóveis ficou na faixa até R$240 mil.

No primeiro trimestre deste ano, a Brasil Brokers registrou a evolução no tíquete médio, indicando que há espaço para recuperação do segmento de médio padrão. Os imóveis de R$ 240 mil a R$ 500 mil representaram 41% do total de lançamentos promovidos pelo grupo, que somaram R$ 1,1 bilhão em novos empreendimentos.

Hermolin destaca, além dos imóveis econômicos, o grande impacto que imóveis compactos, como estúdios e unidades do tipo quarto e sala, para o crescimento das vendas de novos projetos em São Paulo.

Estadão
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