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Petroleiros entram em greve no aniversário da Petrobras

3 out 2013 - 14h04
(atualizado em 4/10/2013 às 13h12)
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<p>Manifestantes protestam no centro do Rio de Janeiro pela suspens&atilde;o imediata do leil&atilde;o do campo de Libra no pr&eacute;-sal</p>
Manifestantes protestam no centro do Rio de Janeiro pela suspensão imediata do leilão do campo de Libra no pré-sal
Foto: José Carlos Pereira de Carvalho / vc repórter

Petroleiros de todo o País iniciaram nesta quinta-feira, dia em que a Petrobras comemora 60 anos, uma paralisação de 24 horas que atinge funcionários nas plataformas, refinarias, nos terminais e escritórios da estatal e subsidiárias. Os petroleiros reivindicam a suspensão imediata do leilão do campo de Libra no pré-sal, previsto para o próximo dia 21. Além disso, são contrários à terceirização de mão de obra e exigem reajuste no salário-base que, segundo eles, não ocorre há 17 anos.

Está previsto para o início da tarde um ato dos petroleiros, que seguirão em caminhada para a Cinelândia, no centro da cidade, em apoio a greve dos professores da rede municipal. Mais tarde, os manifestantes vão se concentrar na Praça XV, também na região central.

O protesto é organizado por movimentos sociais que integram a campanha O Petróleo Tem Que Ser Nosso e pelo Sindicato dos Petroleiros do Rio (Sindpetro-RJ). Há cerca de dez dias, funcionários da Petrobras e representantes de movimentos sociais estão acampados em frente ao edifício-sede da estatal, no centro. Desde então, a Polícia Militar reforçou o efetivo em torno do edifício.

De acordo com o diretor da Federação Nacional dos Petroleiros, Edson Munhoz, a categoria quer que a exploração e a produção de petróleo sejam totalmente estatais e que os recursos sejam usados em benefício da população. "Está ocorrendo um desinvestimento muito grande por parte da Petrobras, que está vendendo ativos que considera menores e de baixa lucratividade. Estamos em um momento de desmanche. Essa é uma das maiores empresas do mundo e estamos muito preocupados com a entrega desse patrimônio, que prejudica os trabalhadores e uma série de investimentos no País. Vamos entrar na Justiça para impedir a realização desse leilão e, se preciso, vamos entrar fisicamente para impedir que esse leilão ocorra" disse Munhoz.

Ainda de acordo com o diretor, a greve não deverá atingir a produção de petróleo das plataformas, embora possa comprometer o fluxo dos terminais. "Em algumas unidades de extração de petróleo e de destilação, a gente tem condições de paralisar. Aqui nos edifícios administrativos é mais complicado, até pela presença da direção da empresa. Alguns terminais e plataformas estão paralisados, mas nós sabemos que se trata de uma luta muito grande. Infelizmente, nem todos os trabalhadores compreenderam a importância dessas reivindicações", concluiu.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) informou que apresentou uma pauta de reivindicações à Petrobras, em 6 de agosto, mas que a empresa ainda não se manifestou.

Em nota, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) disse que "o leilão do Campo de Libra está de acordo com as leis. A realização da primeira rodada do pré-sal pela ANP atende à Resolução 4, de 2013, do Conselho Nacional de Política Energética".

Até o fechamento desta matéria, a Petrobras não havia se pronunciado sobre o assunto.

Colaborou com esta notícia o internauta José Carlos Pereira de Carvalho, do Rio de Janeiro (RJ), que participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

Agência Brasil Agência Brasil
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