PUBLICIDADE

Parlamento grego aprova reformas cruciais para acordo

Medidas haviam sido cobradas por credores para liberar resgate

15 jul 2015 - 20h48
(atualizado às 20h49)
Compartilhar
Exibir comentários

Por ampla maioria, o Parlamento da Grécia aprovou as primeiras reformas exigidas pelos credores europeus para liberar um pacote de resgate de 86 bilhões de euros ao país.

Premier Alexis Tsipras defendeu acordo no Parlamento
Premier Alexis Tsipras defendeu acordo no Parlamento
Foto: EFE

Apresentadas pelo premier Alexis Tsipras, do partido de extrema-esquerda Syriza, as medidas receberam 229 votos a favor, 64 contra e seis abstenções. Entre os que ficaram contra o plano, está o ex-ministro das Finanças Yanis Varoufakis.

Siga o Terra Notícias no Twitter

O projeto apreciado pelos parlamentares consiste em uma manobra financeira de aumento de taxas e corte de gastos que totaliza 3,2 bilhões de euros. Entre outras coisas, o texto elimina um desconto de 30% no Imposto sobre Valor Agregado (IVA) cobrado nas principais ilhas do país e naquelas com maior renda per capita.

Já as menores e mais pobres seguirão com o regime especial de tributação por mais um ano. Além disso, ele eleva o IVA para hotéis e estruturas receptivas de 13% para 23% e institui novas taxas para bens de luxo, como embarcações privadas com mais de 5 metros de comprimento, aviões, carros de alto padrão e propriedades com piscinas.

"Assumo toda a responsabilidade e me sinto orgulhoso. Combatemos pelo nosso povo uma luta muito difícil e conseguimos dar uma lição de dignidade a todo o mundo. Um dia essa luta dará os seus frutos", disse Tsipras antes da votação.

Apesar da vitória, ele terá de lidar com uma divisão cada vez maior dentro do Syriza. Dos 149 deputados do partido, 32 votaram contra o projeto e seis se abstiveram. Daqui em diante, para manter o acordo com os credores, o primeiro-ministro precisará reformar a previdência social da Grécia, realizar privatizações e ainda permitir que a troika (Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia) volte a acompanhar as ações do governo.

Fonte: ANSA
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Publicidade