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Ouro fecha em alta, com Powell dovish, recuo nos Treasuries e dólar fraco

14 jul 2021 - 15h23
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O contrato mais líquido do ouro fechou em alta nesta quarta-feira, 14, em sessão na qual o mercado seguiu acompanhando as perspectivas para a inflação nos Estados Unidos, já que o ouro é visto como refúgio em meio a uma alta de preços. O testemunho do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, hoje na Câmara dos Representantes sugerindo que ainda é necessário apoio para a retomada do país impulsionou os preços do metal, na medida em que apresentou um cenário de manutenção da política monetária acomodatícia. Além disso, o recuo nos rendimentos dos Treasuries e a desvalorização do dólar deram força ao ouro.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange, o ouro com entrega prevista para agosto encerrou a sessão com ganho de 0,83%, a US$ 1.825,00 a onça-troy

O Commerzbank já avaliava no começo do pregão que "seria interessante", para os preços do ouro, ouvir o que Powell teria a dizer. O dirigente destacou na Câmara que a inflação sobe de forma temporária, mas que deve se reduzir nos próximos meses. Na projeção do banco alemão, se Powell mantivesse a linha atual do Fed, o que foi o caso, "o ouro provavelmente teria ganhos adicionais".

No mesmo horário da divulgação do discurso, o Departamento do Comércio revelou que o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos EUA subiu 1% em junho ante maio, acima da previsão de analistas consultados pelo Wall Street Journal, que previam aumento de 0,6%. Para a Oxford Economics, os dados parecem ter chegado ao pico, "mas a fricção em andamento entre a oferta e a demanda continuará a manter os preços com impulso ao longo de 2021 e em 2022".

Um dos resultados da postura de Powell foi o enfraquecimento do dólar, o que torna o ouro, cotado na moeda americana, mais barato para detentores de outras divisas. Além disso, o dirigente afirmou que ainda há um grande "caminho" até o país alcançar novamente o nível de desemprego registrado em fevereiro de 2020, dado que a taxa está hoje em 5,9%. "Uma das condições para subir juros é a taxa de desemprego estar perto de pleno emprego". A postura foi uma das motivações para um recuo nos rendimentos dos Treasuries, o que também tende a beneficiar o metal.

Estadão
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