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ONU revê para baixo perspectivas para crescimento do Brasil em 2019 e 2020

Para entidade, Bolsonaro será pressionado a realizar reformas para lidar com déficit público

21 jan 2019 - 14h11
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DAVOS - A ONU estima que o governo de Jair Bolsonaro será pressionado a dar uma resposta ao déficit público e reduziu a previsão de crescimento para o País em 2019 e 2020. Segundo o informe anual da entidade sobre as perspectivas econômicas, a redução ficou entre 0,4 e 0,6 pontos percentuais em comparação ao que se previa no ano passado.

A ONU estimava que a taxa de expansão da economia brasileira seria de 2,7% em 2019 e de 2,9% em 2020. Agora, a taxa está em 2,1% para este ano e em 2,5% para o ano que vem.

A expansão brasileira ficará abaixo da média mundial, que chega a 3% neste ano e em 2020. A taxa nacional é menos da metade da média dos emergentes, que devem ter crescimento de 4,3% em 2019 e 4,6% em 2020.

O desempenho do PIB per capita também ficará abaixo da média internacional. No Brasil, a taxa prevista é de 1,4% em 2019 e 1,8% em 2020. Ainda que ela seja superior ao aumento de 0,6% de 2018, o crescimento é inferior ao do restante do mundo.

"No Brasil, o novo governo enfrenta uma forte pressão para consolidar suas finanças públicas, incluindo uma ampla reforma do sistema de pensões", alerta a ONU. "Em 2018, o déficit público aumentou para cerca de 8,5% do PIB e a dívida geral atingiu 88% do PIB", indicou o informe, lembrando que a dívida era de apenas 60% do PIB em 2013.

De acordo com a ONU, a combinação de déficit primário moderado e altos custos com as taxas de juros levou a uma ampliação do déficit fiscal.

De forma geral, porém, o crescimento brasileiro será superior à média da América Latina. Depois de uma expansão de apenas 1% em 2018, a taxa subiu para 1,7% em 2019 e 2,3% em 2020.

Estadão
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