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Oi amplia prejuízo no 2º trimestre com queda de receitas

Receita líquida com telefonia móvel caiu 1,1% no período

6 ago 2014 - 10h40
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Logo da Oi fotografado em um shopping center de São Paulo. 2/10/2013.
Logo da Oi fotografado em um shopping center de São Paulo. 2/10/2013.
Foto: Nacho Doce / Reuters

A operadora de telecomunicações Oi ampliou prejuízo líquido no período de abril a junho, mostrou seu primeiro balanço trimestral após consolidação dos resultados da Portugal Telecom, com impacto do corte das tarifas de interconexão e menor tráfego devido aos feriados da Copa do Mundo.

A empresa teve prejuízo líquido de R$ 221 milhões no segundo trimestre frente a perda de R$ 124 milhões um ano antes, informou a Oi nesta quarta-feira. A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) somou de R$ 2,55 bilhões, queda de 21,3% em relação ao segundo trimestre de 2013.

A empresa ressaltou que o Ebitda teve menor contribuição de receitas não rotina, como a de R$ 1,247 bilhão referentes à venda de torres móveis no primeiro trimestre. "É importante mencionar que o resultado do segundo trimestre não é comparável aos trimestres anteriores, devido à consolidação dos resultados da Portugal Telecom desde maio", ressaltou.

A receita líquida somou R$ 9,02 bilhões entre abril e junho, leve alta de 0,4% na comparação anual. No Brasil, as receitas do segmento residencial somaram R$ 2,52 bilhões, queda de 2,3% o sobre um ano antes. A receita líquida com telefonia móvel caiu 1,1% contra o primeiro trimestre de 2013, a R$ 2,23 bilhões.

A companhia atribuiu o leve aumento da receita líquida consolidada à apreciação do euro frente ao real. No entanto, ressaltou que a receita líquida de negócios no Brasil caiu 2%, para R$ 6,935 bilhões, devido à queda da receita de uso de rede com o corte das tarifas reguladas de interconexão do serviço móvel (VU-M) e menor receita de voz fixa devido à baixa da base de clientes. Também houve redução do tráfego de voz e dados com o menor número de dias úteis em junho por conta da Copa.

A base de clientes de telefonia fixa no segmento residencial teve queda de 7,2% na comparação anual, para 11,36 milhões. Segundo a empresa, a baixa ocorreu devido a uma política de crédito mais conservadora além de greve de funcionários terceirizados em Salvador e na região Sul.

A base pré-paga de clientes de telefonia celular subiu 3,9% sobre igual trimestre do ano passado e 0,9% sobre o primeiro trimestre. Já a base de clientes nos serviços móveis pós-pagos, mais rentáveis, teve alta de 2,3% ante o mesmo período de 2013, com avanço de 1,3% sobre o trimestre anterior.

A receita líquida média por cliente (ARPU, do inglês) atingiu R$ 73,9 no segmento residencial no período, alta de 5,3% na comparação anual. No segmento móvel, a ARPU totalizou R$ 17,7, queda de 10,8% sobre um ano antes, devido o corte na taxa de interconexão.

Já a receita líquida dos negócios em Portugal cresceu 9,5% ano a ano, a R$ 1,85 bilhão. A receita de clientes de Portugal caiu 4,5% comparado ao segundo trimestre de 2013. Outros negócios, que incluem os ativos africanos consolidados, aumentaram em 5,6% comparado ao segundo trimestre do ano passado, totalizando R$ 236 milhões também se beneficiando do efeito cambial.

A dívida líquida consolidada da empresa teve alta anual de 52,8%, para R$ 46,2 bilhões ao final do segundo trimestre. O caixa disponível subiu 80,4%, a R$ 5,99 bilhões de reais. Na segunda-feira, o presidente-executivo da Oi, Zeinal Bava, propôs à administração da companhia uma reorganização da Portugal Telecom para acelerar a integração e o alinhamento com a Oi e reforçar o acompanhamento do mercado português.

O executivo propôs ainda sair da operação de Portugal para dedicar-se exclusivamente à liderança do Grupo Oi/Portugal Telecom. No âmbito do aumento de capital da Oi e da transição dos ativos do Grupo Portugal Telecom para a Oi, a operadora brasileira ficou dona da Portugal Telecom, assumindo todos os seus ativos.

Em julho, o calote de uma dívida de 897 milhões de euros da Rioforte, uma holding do Grupo Espírito Santo, que é o principal sócio da Portugal Telecom, ameaçou a união luso-brasileira no setor de telecomunicações.

Para garantir o prosseguimento da fusão, a Portugal Telecom aceitou entregar quase 475 milhões de ações ordinárias e perto de 950 milhões de ações preferenciais da Oi à empresa brasileira. Em troca, o grupo português receberá títulos de dívida vencidos e não pagos pela Rioforte no valor de 897 milhões de euros e terá uma opção de compra das ações da Oi que serão entregues ao longo de seis anos.

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