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'Não podemos ter proteção exagerada nem abertura inconsequente', diz diretor da CNI

Diretor de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria, Carlos Abijaodi defendeu que políticas comerciais e industriais sejam feitas 'sem preconceitos' no governo Bolsonaro

17 dez 2018 - 11h26
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BRASÍLIA - O diretor de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Abijaodi, defendeu que as políticas comercial e industrial sejam feitas "sem preconceito". Em evento realizado pelo jornal Correio Braziliense, coube a ele enviar o recado da indústria para o novo governo de Jair Bolsonaro - o futuro secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa, também participou do debate.

"Não podemos ter decisões precipitadas e erradas. Não se pode ter nem proteção exagerada, nem abertura precipitada e inconsequente", afirmou Abijaodi.

Política comercial e industrial devem ser feitas com o foco de melhorar as condições de competitividade no exterior, diz o diretor da CNI.
Política comercial e industrial devem ser feitas com o foco de melhorar as condições de competitividade no exterior, diz o diretor da CNI.
Foto: Pedro Danthas/Divulgação / Estadão

Para o diretor, tanto a política comercial como a industrial devem ser feitas com o foco de melhorar as condições de competitividade no exterior. "Não se trata de considerar a política industrial um conjunto de subsídios para compensar a falta de competitividade, mas, sim, um motor para dar estímulo à produção", completou.

Abijaodi disse ainda que o setor está pronto para atuar junto do governo "no que for preciso e no que for de interesse da indústria". "Estaremos prontos para trabalhar juntos", concluiu.

Parceiros do governo

Já o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson de Andrade, afirmou nesta segunda-feira, 17, que a indústria será "parceira" do novo governo sempre que o objetivo for destravar a economia. Ele reconheceu que o próximo ano será difícil, já que a equipe econômica liderada pelo futuro ministro Paulo Guedes terá a missão de "arrumar a casa", sobretudo na área fiscal. Mas Andrade demonstrou otimismo.

"Temos expectativa de que País realmente vai mudar, teremos oportunidade de atrair investimentos", afirmou o presidente da CNI ao participar do mesmo evento.

Andrade citou uma série de iniciativas da indústria na formação de capital humano para contribuir para a elevação da produtividade no País, mas ressaltou que há questões que só o governo pode endereçar, como a questão tributária.

"Nós seremos parceiros do governo sempre que o objetivo for destravar a economia, fazer a indústria crescer e desenvolver tecnologia", disse. "Certas coisas só o governo pode fazer, mas nós podemos fazer muito pela indústria brasileira. Temos grande chance e grande possibilidade de fazer mudanças", acrescentou.

Segundo o presidente da CNI, as estimativas apontam que o Brasil precisa em média de 4 trabalhadores para entregar o mesmo que um único trabalhador norte-americano. No entanto, ele ponderou que essa não é uma medida transversal a todas as atividades. Para Andrade, há algumas áreas mais produtivas, outras menos.

Em desvantagem, segundo ele, estão algumas regiões que hoje não têm mão de obra amplamente qualificada, como a região Norte. "Sem qualificação, Estados como Acre e Amazonas não vão atrair empresas", disse Andrade.

Estadão
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