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Mudanças pontuais nas carteiras dos analistas tentam driblar volatilidade

Corretoras e bancos fizeram mudanças pontuais em suas carteiras visando proteção e ganhos em setembro

1 set 2018 - 04h11
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Depois do mês de agosto com muita volatilidade no mercado de ações, corretoras e bancos fizeram mudanças pontuais em suas carteiras visando proteção e ganhos em setembro, período em que a proximidade das eleições presidenciais não promete dar trégua à Bolsa. Ações de bancos, de seguradoras, de empresas líderes em seus setores e das companhias cujos papéis sofreram quedas nos períodos recentes estão entre as escolhas.

"A entrada de recursos estrangeiros foi o que segurou a bolsa de uma queda maior em agosto", afirma Mario Mariante, analista da Planner. No mês, até o dia 29, o saldo de recursos estrangeiros na B3 foi positivo em R$ 3,5 bilhões. Mariante lembra que alguns papéis com peso no Ibovespa foram pressionados no final de agosto, refletindo o noticiário conturbado no exterior e o ambiente político doméstico. "A pressão vendedora naturalmente abre oportunidades de compra para o médio prazo. Vemos oportunidades no setor financeiro, por exemplo, Bradesco e Itaú", diz.

Segundo Vitor Suzaki, analista da Lerosa, a seletividade ainda tende a ser a marca para escolher ações, em setores menos cíclicos e voláteis, evitando-se as estatais, mais vulneráveis às pesquisas eleitorais. "É importante observar o histórico de resiliência da empresa nas crises recentes, a qualidade na gestão e dar preferência às que tenham liderança em seus setores."

Suzaki prevê um mês de setembro ainda conturbado. "Os investidores tendem a ficar mais cautelosos, em especial os estrangeiros que ainda mantêm certo otimismo, mas que pode ser revertido." Para esta semana, a Lerosa incluiu na carteira o ressegurador IRB Brasil Re. "Desde o IPO, a ação apresentou retorno de 116%, resultado de perspectiva positiva para o setor, ganho de market share, internacionalização e resultados financeiros melhores do que o esperado."

A Magliano também escolheu uma ação do segmento de seguros: BB Seguridade, e incluiu ainda BRF. "O setor de seguros tem se mostrado resiliente em momentos de incerteza. As ações de BB Seguridade estão negociando a múltiplos atraentes e têm potencial de distribuição de bons dividendos", diz o analista Sergio Goldman. Sobre a BRF, eles acreditam que, no médio prazo, sua nova gestão será capaz de entregar a reestruturação anunciada. "Suas ações acumulam queda de quase 11% em agosto, criando oportunidade de entrada interessante."

Para Sergio Goldman, a recuperação do Ibovespa no curto prazo depende de um aumento das chances de um candidato reformista vencer a eleição e da melhora do cenário global. "Se os dois acontecerem, esperaria uma recuperação dos bancos, que sofreram em agosto, e também de algumas ações como Cemig, BRF, CCR, Ecorodovias e Lojas Renner."

O Santander trocou Banco do Brasil por Itaú Unibanco e CVC por Lojas Renner. O analista da instituição, Ricardo Peretti, mantém visão positiva para Itaú, apesar da performance da ação, que subiu em torno dos 4% em 2018 ante queda de 3% dos seus pares e o Ibovespa estável. Sobre Renner, ele diz esperar que os próximos resultados trimestrais sejam positivos.

A Terra Investimentos trocou Bradespar por Gerdau PN. O analista Régis Chinchila ressalta que o ativo passou por uma realização de lucros no último mês e que a tendência é de retomar a alta. "Há expectativa de recuperação de margem no Brasil e nos EUA."

Estadão
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