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PrograMaria amplia escopo para inserir mulheres no setor de tecnologia

A startup de impacto social expande e planeja seu evento anual, com expectativa de público de 3 mil pessoas

1 set 2022 - 09h42
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Referência no Brasil na inserção de mulheres no mercado de tecnologia, a PrograMaria está se preparando para ampliar o escopo de suas iniciativas de capacitação. Além da expansão, a startup de impacto social também tem a realização do que é o maior festival de diversidade de gênero em tecnologia entre suas principais entregas previstas para este semestre.

Mulheres programando
Mulheres programando
Foto: Foro: Canva / Startups

Desde seus primórdios em 2015, quando começou como um grupo de mulheres que queriam aprender a programar e posteriormente como negócio, estabelecido em 2018, a PrograMaria foi responsável pelo treinamento de mais de 13 mil pessoas. A startup se posiciona como a porta de entrada para mulheres que buscam adentrar o mercado de tecnologia com um curso de programação front-end, cujo objetivo é desmistificar a área e mostrar às alunas que uma carreira no setor é possível.

Além da capacitação - que até antes da pandemia era presencial, em São Paulo, e agora acontece online, de forma assíncrona - a startup liderada por Iana Chan também tem uma frente de ações de engajamento. O foco destas atividades é o desenvolvimento das participantes do curso em suas novas carreiras em tecnologia, bem como apoiar a permanência destas mulheres no setor.

"Quando se fala em possibilidades de carreira, [a mudança] parece muito trivial, [as pessoas dizem] que a mulher pode fazer o que quiser. Mas somos uma sociedade estruturalmente machista, onde as oportunidades e acessos não são distribuídos de forma igualitária", diz Iana, em entrevista ao Startups.

"Muitas vezes, mulheres deixam de seguir uma carreira que as interessa, por terem ouvido que essa opção é só para homens. Viramos a chave na cabeça delas - e desenvolver essa visão é muito importante, pois uma vez inseridas no mercado, essas mulheres também vão trabalhar para que o mercado seja mais diverso," acrescenta.

Fortalecimento da comunidade

Entre as prioridades para a PrograMaria nos próximos meses, está a expansão no escopo dos cursos. De acordo com a fundadora da startup, o plano é adicionar uma continuação da introdução à programação front-end, em que as alunas aprendem a fazer sua primeira página web. Também há a intenção de oferecer um curso de programação back-end.

A PrograMaria também tem uma série de iniciativas em curso na frente de ações de engajamento, cujo objetivo é fortalecer a comunidade. Uma delas é o Potências Tech, em que o objetivo é encorajar mulheres a se candidatarem para as vagas no mercado e potencializar conexões. A startup analisa as vagas abertas e os perfis que empresas estão buscando, e faz uma busca entre as mulheres da sua rede para fazer o "match" entre candidatas e empresas, com um público pré-selecionado.

Foto: Startups

Recrutamento de talentos em tecnologia com foco em diversidade também está entre as propostas do PrograMaria Summit, que acontecerá de forma híbrida entre os dias 16 e 19 de novembro, dia do Empreendedorismo Feminino. O evento, que está em sua quinta edição, deve reunir um público de mais de 3 mil pessoas com diversas ações para o que Iana define como uma "celebração das mulheres em tecnologia".

Além de palestras, painéis e workshops, a programação deve incluir mentorias para mulheres e uma feira de oportunidades, em que empresas poderão divulgar suas vagas abertas em tecnologia. "Essa é uma chance de ter esse contato com o público [mulheres], que tem curiosidade de saber como é ser uma mulher em tecnologia naquela empresa específica. Também vemos muito interesse pelas rodadas de entrevistas entre o público participante e pessoas recrutadoras das empresas", diz Iana. "O Summit é um festival de oportunidades de conhecimento, de troca, de networking, e de conhecer caminhos possíveis."

Além do Summit, também existem outras iniciativas que acontecem ao longo do ano e representam a principal fonte de receita da startup, que Iana não revela. Entre estas ações, está o programa Encontros, em que empresas trazem cases de tecnologia e usam o espaço para falar de seus desafios e iniciativas de diversidade. O Sprint é uma semana de imersão com conteúdos variados com metodologia ágil com o intuito de acelerar o desenvolvimento de pessoas em temas específicos na carreira de tecnologia.

Clientes da PrograMaria nessas frentes incluem empresas de tecnologia como Intel, Totvs e Avanade, startups como Olist, Nubank e C6 Bank, e organizações de outros segmentos, como Renner, EY, Globo e Grupo Boticário. "No começo, atraíamos muitas empresas de tecnologia. Temos visto essa mudança de empresas em que, além do posicionamento em relação a diversidade, organizações de outros setores também se posicionam como empresas de tecnologia e olham para isso como algo estratégico", observa Iana.

Foco em interseccionalidade

O curso de front-end da PrograMaria buscou oferecer um formato que pudesse atender a todos, em que a pessoa escolhe o valor que mais se adequa à sua realidade. Há um valor subsidiado, de R$ 74,90, um valor "ideal", de R$ 104,90, e uma opção em que é possível ajudar uma outra pessoa a estudar, de R$ 149,90. Esse último modelo possibilitou a criação de um fundo para a oferta de bolsas, que também são viabilizadas via parcerias com empresas como a Trimble, empresa de tecnologia que recentemente custeou 100 lugares.

Para se candidatar às bolsas, as mulheres preenchem um formulário socioeconômico e fazer um teste online. Esta triagem visa garantir a representatividade de recortes como mulheres negras, periféricas, trans, mães e desempregadas, e validar o compromisso e real interesse na capacitação.

"Nos discursos sobre diversidade, precisamos pensar sobre qual diversidade estamos falando, pois é comum falar desse tema [em referência a] mulheres brancas, cis e de classe média. Claro, é importante [também considerar esse recorte] mas é fundamental dar um passo além", ressalta Iana.

"Priorizamos grupos vulneráveis na distribuição de bolsas, justamente por entender este papel social, entendendo também a tecnologia como uma oportunidade bastante frutífera de carreira, com muitas oportunidades, mercado aquecido, salários atrativos. Vemos o trabalho em tecnologia como uma possibilidade de empoderamento econômico destes grupos", conclui.

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