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HSBC ajuda em fraude fiscal de personalidades, diz jornal

Segundo o "Le Monde", traficantes de armas e de drogas também estão entre os fraudadores

9 fev 2015 - 08h25
(atualizado às 12h46)
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<p>Banco HSBC teria ajudado famosos a cometer fraude fiscal, segundo investigação</p>
Banco HSBC teria ajudado famosos a cometer fraude fiscal, segundo investigação
Foto: Chris Helgren / Reuters

Uma investigação sobre as transações bancárias da filial suíça do HSBC revelou que várias personalidades mundiais tiveram ajuda para cometer fraude fiscal. A denúncia publicada pelo jornal francês "Le Monde" afirma que esse foi um trabalho inédito e que envolve cifras milionárias.

O periódico mostrou que 180,6 bilhões de euros transitaram em Genebra nas contas de 100 mil clientes e de 20 mil empresas offshore entre os dias 9 de novembro de 2006 e 31 de março em 2007. O período corresponde àquele chamado de "lista Falcioni", o arquivo de informação francês que fornece ao Fisco os dados de milhões de evasores e que foi corrompido por hackers. Outros 5,7 milhões de euros foram dissimulados pelo HSBC em paraísos fiscais.

Os famosos que pertencem ao esquema, segunda a publicação, são o ator John Malkovich e Gad Elmaleh - marido de Charlotte, filha da princesa de Mônaco, Carolina - e o rei do Marrocos, Mohamed VI. Já o jornal italiano "La Repubblica" afirma que sete mil italianos estão envolvidos no esquema e cita outros famosos investigados: a modelo Elle MacPherson, o ator Christian Slater, o músico Phil Collins, a cantora Tina Turner, o estilista Valentino Garavani, o empresário Flávio Briatore e o piloto de Fórmula 1 Fernando Alonso.

Segundo os detalhes revelados pela imprensa internacional, a denúncia analisou dados os clientes com informações obtidas em Washington, Bruxelas, Genebra e Paris. O "Le Monde" destacou que entre os fraudadores estão também traficantes de armas e de drogas.

O HSBC Private Bank e as autoridades políticas e judiciárias suíças contestam desde o início essa investigação da Justiça francesa. De acordo com eles, esses dados estão sendo usados de maneira ilícita e são provenientes de um furto.

Fonte: ANSA Brasil
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