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Fazenda e BC têm acompanhado evolução do dólar, diz Guardia

Mesmo diante de um movimento global de alta do dólar, ministro admite que 'existe uma atenção maior no caso brasileiro dado o cenário de eleições'

7 jun 2018 - 13h26
(atualizado às 13h32)
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BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, disse que o Tesouro Nacional e o Banco Central estão atuando de maneira coordenada e acompanhado o movimento de alta do dólar registrado nos últimos dias.

O ministro voltou a dizer que há um movimento global de alta da moeda americana, mas admitiu que, no caso brasileiro, a expectativa das eleições geram ainda mais incertezas. "Existe uma atenção maior no caso brasileiro dado o cenário de eleições, isso agrega maior volatilidade aos mercados", afirmou.

Questionado se o real está sob ataque especulativo, Guardia disse apenas que os fundamentos da economia brasileira são sólidos para enfrentar momentos de maior turbulência. O ministro citou as reservas elevadas e o déficit pequeno em conta corrente. "Tudo isso reforça muito a solidez da economia brasileira para enfrentar esse momento", completou.

Guardia também foi perguntado sobre críticas feitas à atuação do Tesouro Nacional no mercado e disse achar normal comentários dessa natureza em momentos de volatilidade. "A atuação do Tesouro está equilibrada, dentro do que podemos fazer", disse, lembrando que o órgão tem feito leilões de recompra e cancelado vendas para reduzir a pressão sobre o mercado. "O Tesouro tem olhado o mercado de juros para tentar reduzir volatilidade. O câmbio é flutuante, isso faz parte do nosso sistema", acrescentou.

O ministro reforçou a necessidade de reformas, principalmente da Previdência, para reforçar a capacidade de reação em momentos de turbulência. Ele citou avanços no Congresso Nacional, como a questão dos distratos e da duplicata eletrônica. "A agenda legislativa é muito importante para avançar na direção correta".

Guardia também não respondeu perguntas sobre se o Banco Central poderá subir juros diante da alta do dólar. "O Ministério da Fazenda nunca fará comentários sobre juros", afirmou.

Estadão
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