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Fabricantes chineses usam todas as armas que podem para sobreviver a guerra comercial

22 abr 2019 - 08h24
(atualizado às 09h12)
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As indústrias chinesas que vêm enfrentando barreiras comerciais estão implementando uma série de medidas para tentar manter os clientes estrangeiros - por meio de descontos, aproveitando incentivos fiscais, reduzindo a força de trabalho e, ocasionalmente, transferindo a produção para o exterior para reduzir as tarifas.

Funcionárias em linha de produção em fábrica em Dongguan, na China
16/11/2018
REUTERS/Stringer
Funcionárias em linha de produção em fábrica em Dongguan, na China 16/11/2018 REUTERS/Stringer
Foto: Reuters

As tarifas da guerra comercial entre a China e os Estados Unidos têm custado caro para muitos. As taxas da União Europeia sobre os produtos chineses, que variam desde bicicletas elétricas a painéis solares, também adicionavam mais pressão sobre os fabricantes da China.

No entanto, março trouxe algumas novidades encorajadoras para os fabricantes. A produção industrial subiu em seu ritmo mais rápido desde meados de 2014 e as exportações se recuperaram mais do que o esperado, enquanto o crescimento do primeiro trimestre teve um desempenho melhor do que as expectativas.

Ainda assim, alguns fabricantes que dependem das vendas nos EUA estão enfrentando dificuldades. Na Feira de Cantão, realizada no sul da China na semana passada, eles assumiram uma postura corajosa, mas temiam que precisassem tomar mais medidas para sobreviver se Pequim e Washington não conseguirem fechar um acordo comercial.

A empresa Botou Golden Integrity Roll Forming Machine Co perdeu alguns clientes dos EUA quando as tarifas elevaram os preços de suas máquinas que produzem vigas de aço leves e barras para construção, de acordo com Hope Ha, uma vendedora.

Agora, a companhia oferece um desconto de 8 por cento.

"Temos que dar descontos porque eles pagam tarifas altas", disse Ha.

A fabricante de rolamentos Cixi Fushi Machinery Co deu a antigos clientes desconto de 3 a 5 pro cento, de acordo com a representante Jane Wang. Mas isso não foi suficiente, então a empresa suspendeu uma linha de produção que gerava renda mensal de 30 mil dólares, disse ela.

Algumas empresas da feira aplaudiram a iniciativa de Pequim de cortar o imposto sobre valor agregado da China para 13 por cento no início de abril, de 16 por cento, e sua promessa de restituição de impostos para as exportações.

"Coisas assim nos dão alguma proteção, ou então sofreríamos perdas", disse Wills Yuan, vendedor da Ningbo Yourlite Import & Export, que produz lâmpadas de LED.

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