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Dólar cai quase 1% com avanço de Bolsonaro e cenário externo

Avanço do presidenciável em pesquisas eleitorais influenciou a moeda estrangeira

17 set 2018 - 17h09
(atualizado às 18h15)
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O dólar terminou a segunda-feira (17) com queda firme ante o real, influenciado pela melhora do candidato Jair Bolsonaro (PSL) em pesquisas intenções de votos e ajudado ainda pelo cenário externo, onde o dólar recuava ante as moedas de países emergentes.

O dólar recuou 1,00%, a R$ 4,1252 na venda.

Na máxima, logo após a abertura, a moeda foi a R$ 4,2049 e, na mínima, perto do fechamento, marcou R$ 4,1157. O dólar futuro tinha perda de cerca de 1,21%.

"Tanto a economia quanto o mercado financeiro estão com uma expectativa tão baixa pelo resultado das eleições que agora, com a queda do candidato (Geraldo) Alckmin nas pesquisas, qualquer reação positiva de Bolsonaro que possa evitar o retorno da esquerda já causa um alívio imenso", comentou o diretor da More Invest Gestora de Recursos, Leonardo Monoli.

Pessoas refletidas em vitrine de casa de câmbio no Rio de Janeiro, Brasil
08/06/2018
REUTERS/Ricardo Moraes
Pessoas refletidas em vitrine de casa de câmbio no Rio de Janeiro, Brasil 08/06/2018 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

O mercado gostaria que um candidato mais comprometido com o ajuste das contas públicas - e Alckmin (PSDB) é visto como o mais adequado - vencesse as eleições.

Desta forma, logo após a abertura, a moeda norte-americana chegou à máxima de R$ 4,2049, justamente com a primeira leitura de que os levantamentos eleitorais mostraram avanço de candidatos que o mercado considera menos comprometidos com o equilíbrio fiscal.

A pesquisa do Datafolha na sexta-feira mostrou Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes (PDT) empatados em segundo lugar, enquanto levantamento do BTG Pactual nesta sessão também mostrou Haddad em segundo lugar.

Já a CNT/MDA, divulgada no final da manhã, mostrou o petista na segunda colocação, com Jair Bolsonaro (PSL) à frente. Mas agradou quando colocou Bolsonaro numa situação muito melhor no segundo turno, batendo praticamente todos os adversários.

"O vendedor, sobretudo o exportador, apareceu quando a moeda foi a R$ 4,20 e, depois, o dólar perdeu força no mercado externo, firmando a queda", comentou um profissional da mesa de câmbio de uma corretora local.

No exterior, o dólar operava em forte baixa ante a cesta de moedas, diante da cautela com a guerra comercial e após o presidente Donald Trump prometer para depois do fechamento dos mercados o anúncio de tarifas sobre 200 bilhões de dólares em produtos chineses.

O dólar também caía ante divisas de países emergentes, como o peso chileno. Ante a lira, entretanto, seguia com forte alta, em meio à expectativa por um plano econômico nos próximos dias.

O Banco Central ofertou e vendeu integralmente 10,9 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 5,45 bilhões de dólares do total de 9,801 bilhões de dólares que vencem em outubro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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