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Mercadante defende desonerar produção de carros elétricos no Brasil

Presidente do BNDES criticou importação de veículos elétricos 'acabados' e disse que banco trabalha em parcerias público-privadas com prefeituras para aumentar encomendas de ônibus

12 jun 2023 - 18h19
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O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, defendeu nesta segunda-feira, 12, a desoneração de carros elétricos produzidos no Brasil, para estimular a introdução da tecnologia.

Rio de Janeiro (RJ), 23/05/2023 - O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, no Seminário Empoderamento Negro para Transformação da Economia. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Rio de Janeiro (RJ), 23/05/2023 - O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, no Seminário Empoderamento Negro para Transformação da Economia. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil / Estadão

Durante participação em seminário na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), ele lembrou que os Estados Unidos já oferecem bônus de US$ 7 mil para a compra dos carros elétricos produzidos no país.

Na Europa, União Europeia criou um banco público apenas para financiar essa rota tecnológica — enquanto a Alemanha já vinha praticando juro zero no financiamento do hidrogênio verde, uma das fontes de energia das baterias dos automóveis. "É com isso que vamos competir", afirmou o presidente do BNDES.

Em meio à transição energética, o Brasil concede imposto zero para importar carros elétricos, continuou Mercadante. "Não podemos ficar importando produtos acabados", ressaltou o ex-ministro.

O presidente do BNDES reiterou ainda o objetivo de dobrar para 2% do Produto Interno Bruto (PIB) os desembolsos do banco. Segundo ele, os países estão tardiamente redescobrindo a importância de bancos públicos de fomento.

Política industrial

Mercadante disse ainda que a política industrial está em "discussão acelerada" no governo. Ele defendeu que o banco público tem de pensar a longo prazo e atuar complementarmente aos investimentos privados.

Ele ponderou, porém, que o BNDES teve de se antecipar e entrar em projetos de infraestrutura por falta de outras fontes de financiamento.

Entre as medidas cobradas pela indústria para fortalecer a capacidade de empréstimos do banco, Mercadante voltou a defender o adiamento dos pagamentos da dívida do BNDES com o Tesouro. Nesse ponto, disse que o banco já pagou R$ 270 bilhões a mais do que recebeu de subsídios em seis anos. "Pagar mais R$ 23 bilhões neste ano? Queremos parcelar", disse.

Estadão
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