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Diferença de preço entre imóvel de 2 e 3 quartos cai pela metade

1 out 2011 - 10h00
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<br/>A valorização de imóveis menores lançados em São Paulo é mais acelerada em relação aos maiores. A partir de dados compilados pela Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp) é possível apurar que de 2008 até este ano os imóveis de um e dois dormitórios se valorizaram 143% e 146%, respectivamente. Já o preço dos lançamentos de imóveis de três e quatro ou mais quartos subiu 82,2% e 66,1%, respectivamente. A disparidade diminuiu a diferença de preço entre os imóveis menores e maiores. O preço médio do imóvel de três dormitórios era quase duas vezes mais caro (94,5%) que o de dois em 2008. Atualmente, essa esse percentual caiu para menos da metade: 43,6%.<br /><br />Embora os prazos de financiamento tenham ficado maiores e as taxas de juros tenham diminuído - o que facilitou a aquisição de imóveis -, a consequência deste movimento é que ficou mais caro para comprar uma casa ou apartamento pequenos, que geralmente são aqueles adquiridos por quem adquire seu 1º imóvel.<br /><br />Já para quem possui um imóvel menor e quer trocar por um maior, além de encontrar as mesmas facilidades de prazos e taxas de juros, também tem vantagem na hora de negociar o bem de um ou dois dormitórios mais valorizado que os mais amplos.<br /><br />Para o professor de finanças do Insper Ricardo Almeida, o fenômeno é temporário. Ele acredita que a valorização descompassada dos imóveis em São Paulo faz parte de um ciclo, e que a diferença entre os preços voltará a patamares anteriores.<br /><br />"Essa diferença (de valores entre pequenos e grandes) está caindo porque teve um &aposboom&apos muito forte no imóvel de três e quatro dormitórios antes dos menores. Começou em 2006 e durou até 2009. Percebendo a demanda atingida de apartamentos maiores, as construtoras se voltaram para os menores".<br /><br />Segundo ele, a valorização dos terrenos torna a construção de apartamentos menores mais rentável para a construtora. "O preço do terreno é alto, as pessoas que querem imóveis grandes não conseguem comprar. Então optam pelo menor. Tem muita gente comprando pequeno querendo o grande", disse.<br /><br />Mais um fator da lei da oferta e demanda, o programa "Minha Casa, Minha Vida" incentivou a procura de imóveis menores.<br /><br /><b>Qualidade de vida pior</b><br>Como consequência da maior procura por imóveis menores, os bairros de São Paulo, sobretudo os da classe média, passam por um processo de verticalização, ou seja, construção de prédios. Para o professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Mackenzie Antonio Claudio Fonseca, esse processo é prejudicial porque, de uma forma muito rápida, coloca um número grande de pessoas em regiões que não têm condições estruturais para recebê-las.<br /><br />"Há uma perda do ponto de vista urbano. Uma enorme chegada de população em um bairro que não está programado para isso. Vão chegar padarias e serviços de forma desorganizada. O planejamento da prefeitura fracassou", comentou.<br /><br />Fonseca acrescenta também que nos bairros mais periféricos esse processo é ainda mais prejudicial, pois estes lugares carecem de infraestrutura básica, como saúde, escolas e serviços.<br /><br />Porém, diz o professor do Insper, é provável que haja diminuição da demanda por imóveis menores e o início de um novo ciclo de procura por casas e apartamentos maiores, o que resultará em uma nova dinâmica do mercado imobiliário.

Fonte: Invertia Invertia
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