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Com investimento de R$ 1 mil, brasileiros crescem e já faturam milhões vendendo coxinhas nos EUA

Vanessa Oliveira e Ricardo Rosa já chegaram a faturar R$ 10 milhões em NY após criarem uma empresa especializada no delivery de salgados

9 mai 2023 - 05h00
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Casal de brasileiros fatura R$ 10 milhões com venda de coxinha nos Estados Unidos
Casal de brasileiros fatura R$ 10 milhões com venda de coxinha nos Estados Unidos
Foto: Divulgação

A história de um casal de brasileiros no empreendedorismo começou de forma inesperada em 2013, nos Estados Unidos. Naquele ano, Vanessa Oliveira e Ricardo Rosa, de 33 anos, faziam um intercâmbio no país e perceberam que um salgado que é sucesso no Brasil não era facilmente encontrado entre os americanos: a coxinha. Foi aí que viram uma oportunidade de negócio e conseguiram conquistar o paladar dos gringos, fundando então a Petisco Brazuca

A empresa fundada pelos brasileiros é a primeira especializada na entrega de salgados em Nova York. Tudo começou quando Vanessa e Ricardo estavam organizando a festa de uma amiga e perceberam que lá não tinha o serviço de delivery de salgados para festas, que é facilmente encontrado no Brasil. Foi assim que resolveram fazer as coxinhas por conta própria e os quitutes fizeram sucesso entre os convidados brasileiros e americanos.

A amiga do casal então deu a eles a sugestão de começarem a investir no ramo, já que a coxinha deles havia sido bastante elogiada por quem comeu. Depois de um tempo pensando na ideia, os brasileiros decidiram se arriscar com o delivery de coxinhas e as encomendas foram aparecendo aos poucos.

"A Petisco surgiu dessa forma totalmente despretensiosa. O nosso objetivo nos EUA, de início, era só aprender inglês e voltar para o Brasil. E nessa primeira vez que fizemos a coxinha para a festa da nossa amiga, não ficou em um formato muito bonito", relembrou ele, rindo. "Só que nós sempre tivemos a cabeça aberta para as oportunidades e resolvemos tentar o nosso negócio", acrescentou. 

Brasileiros expandiram negócio e conquistaram não só brasileiros, mas também americanos
Brasileiros expandiram negócio e conquistaram não só brasileiros, mas também americanos
Foto: Divulgação

A empresa nasceu na cozinha do apartamento do casal, que tinha cerca de três metros quadrados. O investimento inicial foi de cerca de R$ 1 mil para a compra de um freezer e uma fritadeira - que fritava cerca de 20 coxinhas por vez. "Essa fritadeira era o que a energia do nosso apartamento suportava. E logo no começo fazíamos tudo de forma manual", conta o empreendedor.

Os negócios começaram a alavancar quando o casal divulgou o serviço para youtubers e blogs e a iniciativa acabou sendo divulgada por um blog conhecido em Manhattan, o que atraiu novos clientes. O casal então, que costumava até então receber cerca de três encomendas por mês, passou a ter quarenta. 

Desafios e expansão

Foi quando as encomendas aumentaram que o casal percebeu que o negócio tinha potencial de crescer, então resolveram dedicar mais tempo para estruturar melhor o negócio. "Fomos atrás de embalagens, customização, buscamos também aperfeiçoar o que "os concorrentes" estavam fazendo. E focamos principalmente no delivery, com isso fomos o primeiro delivery em comida brasileira em Nova York em 2013, quando ainda não havia essa diversidade de aplicativo de entrega", diz Ricardo. 

Os clientes então foram aumentando cada vez mais e o casal já precisava de um espaço maior que a cozinha de casa para garantir os atendimentos, foi aí que alugaram uma cozinha comercial compartilhada para especializar os negócios.

Coxinha da Petisco Brazuca faz sucesso nos EUA
Coxinha da Petisco Brazuca faz sucesso nos EUA
Foto: Divulgação

"Durante cerca de três anos fizemos um trabalho híbrido, trabalhando em casa, com encomendas menores, e também nessas cozinhas compartilhadas profissionais. Até que decidimos montar nosso próprio espaço", explica o empreendedor. 

Ricardo explica que para garantir a expansão da empresa foi necessário se reinventar com relação a estrutura dos negócios, dessa forma, o casal importou equipamentos que permitiram uma melhora na produção. "Levamos quatro anos para conseguir aperfeiçoar nossa receita de coxinha, fizemos uma mudança recente, de cerca de um ano. Mas no começo da adaptação no uso dos novos equipamentos 'apanhamos' muito, porque não sabíamos ainda usar direito", relembra.

De investimento de R$ 1 mil a faturamento milionário

A Petisco Brazuca, que começou com um investimento de R$ 1 mil, atualmente se tornou um negócio de US$ 2 milhões (R$ 10 milhões), - faturamento relativo a 2022 - , e atende grandes empresas como Google, Nike, Amazon e We Work, além das vendas realizadas direto para os consumidores.

A empresa agora produz cerca de 300 mil salgados por mês. Em seu cardápio, além das coxinhas, que é o carro-chefe e têm variados sabores, incluindo frango, calabresa, queijo e espinafre; também há as opções de croquete, pão de queijo, pastel, churros, brigadeiro e açaí. Além disso, o público americano da Petisco Brazuca só cresceu ao longo dos anos. 

A previsão para esse ano, segundo Ricardo, é que a empresa tenha um aumento de faturamento em 30%, e o objetivo é replicar essa porcentagem nos próximos anos. "O mais importante no final das contas é criar a estratégia necessária para entrar no mercado. No nosso caso, ter desenvolvido estratégias para também alcançar o público americano, deu força para o crescimento do negócio", explica Ricardo. 

A Petisco Brazuca atualmente tem três lojas físicas, localizadas no Brooklyn e em Manhattan, além de cinco lojas sazonais - que funcionam durante determinado período do ano pela cidade toda. A empresa também pretende mudar a fábrica de local, expandir a produção e desenvolver uma linha de produtos congelados. 

O empreendedor ainda dá uma dica para quem, como ele e a esposa, quer começar a empreender e crescer o seu negócio. "No início a gente tinha medo, receio, mas você não pode deixar que isso te paralise. Vai e corre atrás, porque se você não fizer, alguém vai chegar na sua frente e fazer por você. Então tire do papel e execute. Vai com medo mesmo!", finaliza Ricardo. 

Fonte: Redação Terra
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