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Buser investe em marketing e ganha fôlego na pandemia

Segundo executiva, reinvenção foi ainda mais urgente no setor de viagens, um dos mais afetados pelas restrições à circulação

17 jan 2022 - 05h10
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Antes do início da Black Friday do ano passado, a Buser decidiu fazer uma campanha no Paint - um dos editores de imagem mais tradicionais e com menos ferramentas do mercado. A imagem ilustrava um ônibus mal desenhado juntamente com o texto "Vamos cobrar tão barato nessa Black Friday que tivemos que economizar na criação do anúncio". É claro que se tratava de uma piada e que foi muito bem recebidas nas redes sociais.

Buser ‘envelopou’ vagões de VLT que circulam no Rio de Janeiro
Buser ‘envelopou’ vagões de VLT que circulam no Rio de Janeiro
Foto: Buser/ Divulgação / Estadão

Afinal, uma das coisas que a Buser mais fez em 2021 foi investir em marketing. E das mais diferentes formas: entrada no futebol, ação em novelas da Rede Globo e ativação de espaços de convivência pelas cidades. Tudo isso após um ano de 2020 bastante complicado, com boa parte das cidades fechadas e pouquíssimas pessoas viajando, com medo da covid-19. Para completar, a empresa segue sendo alvo de processos contra a circulação de seus ônibus no País.

Uma das saídas para mostrar à Justiça de que o serviço é legal, tal como o Uber e a 99 precisaram fazer no início de suas operações no País, foi conquistar os consumidores. O Estado de Minas Gerais é um exemplo, já que entrou em vigor uma lei que restringe o fretamento de viagens de passageiros por ônibus no Estado.

Coincidência ou não, a Buser investiu em patrocínios nos times de futebol mais populares da região: o Cruzeiro e o Atlético Mineiro. Diversas ações de ativação com os torcedores foram realizadas, como levar parte da torcida para ver a final da Copa do Brasil em Curitiba, onde o Galo foi campeão ao jogar contra o Athletico Paranaense. Além dos patrocínios para as equipes mineiras, passou a apoiar a Copa do Nordeste, campeonato que se tornou um dos mais populares no País nos últimos anos, a fim de atrair mais clientes nordestinos.

"Com as pessoas em casa e o aumento do consumo por conteúdo, ser criativo foi essencial. A regra era clara: se você não se destaca, você passa despercebido", diz Flavia Oliveira, chefe de marketing da Buser. "Isso foi ainda mais urgente no setor de viagens. Tivemos de nos reinventar e trazer conteúdo pertinente não só para chamar atenção, mas também algo que tivesse uma conexão com o presente, quando todos estavam com receios (mas com motivos) de viajar."

Para 2022, a Buser espera um ano desafiador, mas positivo. Afinal, com uma nova onda da pandemia e o dólar alto, as viagens internacionais devem voltar a ficar mais escassas, e o que restará para muitos brasileiros será viajar localmente.

Para atrair essas pessoas, a Buser fará novas ações criativas. "Neste ano vamos continuar nos transformando e contando boas histórias. Focaremos ainda mais na construção de marca, em estreitar laços com consumidores", afirma a executiva.

Estadão
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