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BC reduz alta do PIB para 0,7% e inflação a 6,3% neste ano

Órgão ainda vê IPCA com alta de 5,8% em 2015, acima do centro da meta, de 4,5%

29 set 2014 - 10h10
(atualizado às 10h10)
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Ao mesmo tempo em que vê a economia crescendo menos neste ano, o Banco Central praticamente manteve seu cenário de inflação pressionada e próxima do teto da meta oficial, sinalizando que não deve mexer na taxa básica de juros tão cedo.

Vista aérea da sede do Banco Central, em Brasília. Os bancos poderão alterar o atendimento das agências, reduzindo o funcionamento para quatro horas mínimas durante os jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo que começa em junho, informou o Banco Central nesta quarta-feira. 20/01/2014
Vista aérea da sede do Banco Central, em Brasília. Os bancos poderão alterar o atendimento das agências, reduzindo o funcionamento para quatro horas mínimas durante os jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo que começa em junho, informou o Banco Central nesta quarta-feira. 20/01/2014
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

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Para este ano, a autoridade monetária calcula que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro será de 0,7%, ante 1,6% calculado até então, segundo seu Relatório Trimestral de Inflação divulgado nesta segunda-feira.

E a recuperação tende a ser comedida. Em 12 meses até o segundo trimestre de 2015, a estimativa do BC é de que a atividade cresça 1,2%.

Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação do País, o BC reduziu ligeiramente sua projeção para este ano, com alta de 6,3% pelo cenário de referência, ante 6,4% A meta oficial é de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos.

O BC vê ainda alta de 5,8% do índice em 2015, um pouco acima da projeção anterior (5,7%), recuando para 5% no terceiro trimestre de 2016.

"O Comitê reafirma sua visão de que, mantidas as condições monetárias - isto é, levando em conta estratégia que não contempla redução do instrumento de política monetária -, a inflação tende a entrar em trajetória de convergência para a meta nos trimestres finais do horizonte de projeção", escreveu o BC no relatório, repetindo a visão que já havia sido colocada em ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e que levou boa parte dos especialistas a entender que a autoridade monetária não quer elevar a Selic para não prejudicar a economia.

Depois de adotar um ciclo de aperto monetário que durou um ano e levou a Selic para o atual patamar de 11% ao ano, desde maio passado o BC não mexe na taxa básica de juros.

Na última ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada no dia 11 passado, o BC passou a ver que a inflação não é mais "resistente", mantendo a visão no relatório divulgado mais cedo.

A aposta generalizada dos agentes econômicos é de que o BC não muda a taxa de juros pelo menos até o fim de 2014. Em 12 meses até agosto, último dado disponível, o IPCA havia estourado o teto do objetivo, com alta acumulada de 6,51%.

"Apesar de a inflação ainda se encontrar elevada, pressões inflacionárias ora presentes na economia tendem a arrefecer ou, até mesmo, a se esgotar ao longo do horizonte relevante para a política monetária. Em prazos mais curtos, some-se a isso o deslocamento do hiato do produto para o campo desinflacionário", afirmou o BC pelo relatório.

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