PUBLICIDADE

Bandeira branca na guerra comercial EUA/China faz Ibovespa testar 91 mil pontos

3 dez 2018 - 11h38
Compartilhar
Exibir comentários

O Ibovespa abriu em alta e, de largada, galgou os 91 mil pontos -tocando a máxima intraday de 91.242,22 pontos. A disposição dos investidores ao risco vai em linha com os mercados acionários no exterior, que operam otimistas após a sinalização de trégua da guerra comercial entre Estados Unidos e China.

Na abertura das negociações da Bolsa, um dos destaques de alta era para as ações da Petrobras, da Vale e do bloco de siderurgia. A influência vem do exterior também em dia de alta forte de quase 4% do petróleo e de metais.

A semana no mercado acionário inicia no modo otimista depois que, no fim da reunião do G-20, os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, resolveram levantar a bandeira branca na guerra comercial por ao menos 90 dias. Depois que, na semana passada, o Federal Reserve (Fed) afastou a possibilidade de um aperto maior em sua política monetária, os investidores esperavam apenas o desfecho dessa negociação entre Washington e Pequim para fazer o índice "andar".

Antes mesmo da abertura da sessão de negócios, no exterior, subiam forte os American Depositary Receipt (ADRs) da Petrobras e da Vale assim como o principal fundo de índice (ETF) de papéis brasileiros negociados em Nova York.

No contraponto à euforia sobre o acordo entre EUA e China, já há algum ceticismo, como a da análise do Rabobank chama a trégua na batalha comercial de movimento "empurrar com a barriga". "No geral, isso poderia ser uma trégua para um rearmamento e redistribuição, não um armistício em direção à paz duradoura", diz estrategista sênior da APAC Michael Every.

De acordo com os analistas da LCA Consultores, ajuda ainda na disposição ao risco dos investidores no pregão desta segunda a possibilidade de os países que fazem parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) tomarem ações que detenham o movimento de queda do petróleo.

No plano local, atenção dos investidores ainda para os desdobramentos das negociações para a apreciação pelo Senado do novo acordo de cessão onerosa.

Estadão
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Publicidade