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Assessor do BC da China diz que tarifas dos EUA podem reduzir crescimento do país em 0,3 p.p

10 mai 2019 - 10h46
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Os planos de Washington de elevar as tarifas sobre 200 bilhões de dólares em produtos chineses podem reduzir o crescimento da China em 0,3 pontos percentuais, mas o fortalecimento da economia se tornou mais resistente aos choques externos, disse um assessor do banco central chinês nesta sexta-feira.

Sede do Banco Central da China, em Pequim
28/09/2018
REUTERS/Jason Lee
Sede do Banco Central da China, em Pequim 28/09/2018 REUTERS/Jason Lee
Foto: Reuters

Os comentários de Ma Jun foram publicados pelo Finance News, um jornal do banco central do país, nesta sexta-feira, enquanto as autoridades norte-americanas e chinesas realizam as última negociações em Washington para evitar uma intensificação de uma guerra comercial que ameaça tirar a economia global dos trilhos.

O vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, o representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, iniciaram dois dias de negociações na quinta-feira em Washington, após uma grande adversidade reacender o desentendimento entre os dois países.

Ma disse que a China imporá medidas de retaliação se o presidente dos EUA, Donald Trump, avançar com planos para aumentar as tarifas sobre 200 bilhões de dólares em produtos chineses, de 10% para 25%.

"O impacto negativo deste cenário sobre o Produto Interno Bruto da China será de cerca de 0,3 pontos percentuais, isto é dentro de uma faixa controlável", disse ele.

O mercado acionário chinês também provavelmente não verá a mesma forte queda ocorrida no ano passado após o início da guerra comercial, disse ele, acrescentando que os investidores anteriormente estavam propensos a reagir exageradamente devido à incapacidade de julgar o real impacto dos atritos comerciais e diante das preocupações sobre a desaceleração do crescimento econômico.

"O desempenho da economia real da China melhorou significativamente nos últimos meses ... O atual ambiente macroeconômico e político da China deve ajudar o mercado a melhorar sua resiliência a novos choques externos", disse ele.

Ele também disse que o banco central chinês possui instrumentos de política monetária suficientes para lidar com as incertezas internas e externas, e que procurará ajustar a política de acordo com as mudanças na situação econômica do país.

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