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Após longa trajetória de queda, número de sindicalizados volta a crescer no Brasil

Índice de sindicalizados vinha caindo ano após ano desde 2012, quando começou a série histórica da Pnad Contínua

19 nov 2025 - 10h00
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Resumo
O percentual de trabalhadores sindicalizados no Brasil cresceu de 8,4% em 2023 para 8,9% em 2024, interrompendo uma tendência de queda desde 2012, com destaque para as regiões Sul e Sudeste.
Os servidores públicos, trabalhadores da agropecuária e da indústria são os que mais se sindicalizam
Os servidores públicos, trabalhadores da agropecuária e da indústria são os que mais se sindicalizam
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O percentual de trabalhadores sindicalizados aumentou 0,5 ponto percentual entre 2023 e 2024, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgados nesta quarta-feira, 19, pelo IBGE. Apesar de pequeno, o aumento pode representar uma mudança de tendência na sindicalização do Brasil: é a primeira vez que a taxa sobe desde o início da série histórica, em 2012. 

O número de sindicalizados vinha caindo ano após ano, com destaque para a queda registrada entre 2017 e 2018, quando saiu de 14,2% dos trabalhadores para 12,4%. Em 2023, o percentual chegou ao seu nível mais baixo, com 8,4% dos trabalhadores sindicalizados. Agora, a taxa tomou um pequeno fôlego e subiu para 8,9%. 

"O que nós identificamos foi uma queda que vem acontecendo há muitos anos principalmente depois de 2017, e naturalmente chegou a um valor muito baixo. Talvez as pessoas estejam verificando novamente a necessidade de se organizar e isso se dá muito através de sindicato", avalia William Kratochwill, analista da Pnad Contínua. 

Em 2017, especificamente, ocorreu a aprovação da Reforma Trabalhista, que pôs fim à contribuição sindical obrigatória. A mudança na legislação pode ser uma das explicações para a queda acentuada no número de sindicalizados após aquele ano.

Agora, a retomada da sindicalização foi puxada pelas regiões Sul e Sudeste, as únicas com crescimentos expressivos do percentual de associados a sindicatos. Na primeira, o percentual saiu de 9,3% em 2023 para 9,8% em 2024; já na segunda, houve um salto de 7,9% para 9,2%. 

A região Norte também registrou aumento no número de sindicalizados, mas em proporção muito menor: saiu de 6,9% em 2023 para 7%. As outras duas regiões --Centro-Oeste e Nordeste-- registraram queda. 

Evolução da Sindicalização no Brasil

Comparativo regional: 2012, 2023 e 2024

Média Brasil 2024
8,9% ▲ 0.5% vs 2023
 
Região 2012 2023 2024 Variação (23-24)
Brasil (Total) 16,1% 8,4% 8,9% +0,5%
Norte 14,8% 6,9% 7,0% +0,1%
Nordeste 16,6% 9,5% 9,3% -0,2%
Sudeste 14,9% 7,9% 9,2% +1,3%
Sul 20,3% 9,3% 9,8% +0,5%
Centro-Oeste 14,0% 7,2% 6,9% -0,3%

Fonte: Pnad Contínua

Na comparação com 2012, todos os 10 grupamentos de atividade registraram queda no número de sindicalizados. Mas, entre 2023 e 2024, oito tiveram aumento, com destaque para Administração Pública, Defesa, Seguridade Social, Educação, Saúde Humana e Serviços Sociais, que assumiu a liderança com o maior percentual de sindicalizados (24,5%). 

Em seguida vem a Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura, com 22,9% de sindicalizados; e a Indústria Geral, com 21,3% de sindicalizados. 

Perfil dos sindicalizados:

  • A maioria dos sindicalizados (62,4%) tem 40 anos ou mais;
  • A taxa de sindicalização é maior entre os que têm ensino superior completo, atingindo 14,2% dessa fatia dos trabalhadores;
  • O menor percentual está entre os que têm ensino médio incompleto, com somente 5,7% dos trabalhadores dessa faixa sindicalizados;
  • Os empregados do setor público são os que mais se sindicalizam, com 18,9% deles associados a sindicatos; 
  • Em seguida, os com carteira assinada, com 11,2% deles associados a sindicatos.
Fonte: Portal Terra
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