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Após encostar em R$2,51, dólar perde força e fecha com alta

Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,2 bilhão

16 out 2014 - 18h22
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Dólar avançou 0,28%, a R$ 2,46 na venda
Foto: Beawiharta / Reuters

O dólar fechou em alta nesta quinta-feira pelo terceiro pregão consecutivo, mas longe das máximas da sessão, quando encostou em R$ 2,51, impulsionado pela decepção com o resultado das pesquisas do Datafolha e do Ibope e pelo mau humor nos mercados internacionais.

Logo após a abertura, a divisa chegou a subir mais de 2%, mas o avanço foi perdendo força em um movimento de ajuste, desencadeado por uma rodada de dados positivos sobre os Estados Unidos e por declarações do presidente do Federal Reserve de St. Louis, James Bullard.

O dólar avançou 0,28%, a R$ 2,46 na venda. Na máxima da sessão, a divisa subiu mais de 2% e alcançou R$ 2,50 logo após a abertura, maior nível intradia desde 3 de outubro, último pregão antes do primeiro turno das eleições presidenciais.

Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,2 bilhão. Nas últimas três sessões, a moeda dos EUA acumulou alta de 3%.

"O mercado estava fazendo apostas grandes demais numa vitória do Aécio. As pesquisas mostram que não vai ser tão fácil assim", disse o superintendente de câmbio da corretora Advanced, Reginaldo Siaca.

Tanto na pesquisa do Datafolha quanto na do Ibope, divulgadas na noite passada, Aécio tem 51% dos votos válidos, contra 49% da presidente Dilma Rousseff (PT), mesmo resultado dos levantamentos da última semana. Também azedava o humor do mercado o fato de a rejeição sobre o tucano --preferido dos mercados financeiros por prometer uma política econômica mais ortodoxa-- ter subido.

O movimento de alta da moeda norte-americana também foi sustentado pelas declarações do ex-presidente do BC Armínio Fraga --já anunciado como ministro da Fazenda caso Aécio vença as eleições-- à Reuters na véspera, de que num eventual governo tucano o atual programa de intervenções de câmbio seria encerrado imediatamente.

Nesta manhã, o Banco Central vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, pelas atuações diárias. Foram vendidos 3,2 mil contratos para 1º de junho e 800 para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a US$ 197,6 milhões.

O BC também vendeu a oferta total de até 8 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 3 de novembro. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 53% do lote total, equivalente a US$ 8,84 bilhões.

Exterior

A pressão sobre o dólar nesta sessão também vinha das persistentes preocupações com o crescimento global, que sustentavam a alta da divisa norte-americana em relação a várias moedas importantes, como o euro e o peso chileno.

Mas o constante mau humor no cenário externo ganhou algum refresco diante de uma nova rodada de números positivos sobre a economia norte-americana e após o presidente do Fed de St. Louis, Bullard, afirmar que o banco central norte-americano pode considerar manter suas compras de títulos para estimular a economia.

"O mercado externo melhorou um pouco ao longo do dia, o que arrefeceu um pouco os ânimos aqui. Mas eu apostaria que é mais um alívio temporário do que uma mudança de cenário", disse o gerente de câmbio da corretora Fair, Mario Battistel.

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