Ações da Edenred e Pluxee despencam após decreto sobre vale-alimentação e vale-refeição no Brasil
As ações dos fornecedores de vale-refeição Edenred e Pluxee caíam 5% e 8%, respectivamente, nesta quarta-feira, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinar na terça-feira um decreto com novas regras sobre benefícios de vale-alimentação e vale-refeição, incluindo um teto de 3,6% para a taxa cobrada de restaurantes e supermercados pelas operadoras desses cartões.
As ações da Edenred caíram para o valor mais baixo desde janeiro de 2017, e a Pluxee alcançou o seu valor mais baixo de todos os tempos, a 13,62 euros, a caminho da maior queda em um dia se as perdas se mantiverem durante o pregão.
A Edenred advertiu que, se as mudanças forem aprovadas, ela reduzirá sua previsão de lucro principal para 2026.
Já a Pluxee disse que as medidas "interferem nas relações comerciais privadas e restringem a capacidade dos emissores de inovar e competir".
"A Pluxee, portanto, contempla a possibilidade de tomar medidas legais, de forma independente e em conjunto com a ABBT, contra a implementação dessas medidas", acrescentou em um comunicado.
A região da América Latina representou 29,5% da receita total do grupo Edenred em 2024, enquanto foi responsável por 38,4% da receita da Pluxee.
O Palácio do Planalto informou que as empresas terão 90 dias para se adequar às novas regras e que, em até 360 dias, qualquer cartão do programa deverá funcionar em qualquer máquina de pagamento.
"Isso amplia a concorrência e reduz a concentração de mercado, uma vez que, no arranjo fechado, as funções de instituidor, emissor e credenciador podem ser exercidas pela mesma empresa", disse o Planalto em nota.
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