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Morte de ídolos pop orientais ressalta o perigo da depressão

Está mais do que provado: fama e fortuna não garantem a alegria de viver

6 ago 2018 - 14h19
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Ellen Loo, 32 anos, Kim Jong-hyun, 27, e Kim Dong Yoon, de 20, não eram artistas muito populares no Brasil, mas tinham fãs por aqui entre os apreciadores da música pop produzida em Hong Kong e na Coreia do Sul. Os três morreram repentinamente, em curtos intervalos nos últimos meses. De acordo com a mídia internacional, a provável causa da morte, tratada com discrição pelas respectivas famílias, foi suicídio.

Sempre que um jovem dá fim à própria vida, a reação é de consternação. Em seguida surge uma pergunta dolorosa: por quê? A incompreensão é ainda mais profunda quando se trata de alguém famoso, rico e aparentemente feliz. Como quase sempre acontece, as aparências enganam: tal felicidade pode ser mera dissimulação diante das câmeras.

Ellen Loo, Kim Jong-hyun e Kim Dong Yoon: a morte no auge do sucesso
Ellen Loo, Kim Jong-hyun e Kim Dong Yoon: a morte no auge do sucesso
Foto: Divulgação

A carreira artística impõe um ônus perverso: a solidão. Em shows, gravações e aparições públicas, o astro está sempre cercado de admiradores, assessores, curiosos. Mas, ao se afastar dos holofotes e do alcance da imprensa, costuma ser deixado sozinho. E aí pode não suportar a obrigação de conviver apenas consigo mesmo.

Essa situação surge no documentário ‘Gaga: Five Foot Two’, disponível na Netflix. Durante semanas, Lady Gaga é flagrada várias vezes triste ou em lágrimas. Em certo momento, reclama abertamente de não conseguir manter um relacionamento amoroso e dormir sozinha todas as noites após passar os dias cercada de gente.

Uma pessoa predisposta a desenvolver transtornos emocionais como a bipolaridade e a depressão pode sucumbir ao experimentar esse paradoxo: ser amada por milhões de fãs e, ao mesmo tempo, não se sentir amada por ninguém – talvez nem por si mesma.

A lista de ídolos da música que cometeram suicídio inclui Kurt Cobain (Nirvana), Ian Curtis (Joy Division), Paul Williams (Temptations), Wendy O. Williams (Plasmatics), Ingo Schwichtenberg (Helloween), Chris Cornell (Soundgarden, Temple of the Dog e Audioslave) e Chester Bennington (Linkin Park).

Outro caso extremo foi protagonizado pelo cantor e compositor britânico Nick Drake, conhecido pelas canções melancólicas. Deprimido, ele tomou uma overdose de remédios em 1974. Tinha 26 anos. “Eu não sinto nenhuma emoção sobre nada. Não quero rir nem chorar. Estou dormente, morto por dentro”, disse o artista a um amigo, pouco antes do ato extremo.

A depressão ainda não tem cura. Mas pode ser controlada com medicamentos, psicoterapia, terapias complementares e mudança de hábitos. Quando uma tristeza se prolonga, a pessoa deve procurar ajuda médica (psicólogo ou psiquiatra) a fim de receber um diagnóstico e a orientação sobre o que fazer para recuperar o bem-estar emocional.

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