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“Vejo tudo em TV e prefiro fazer vilões”, diz Carlos Arruza

Ator interpretou médico demitido por ser gay em ‘O Outro Lado do Paraíso’

7 fev 2018 - 12h01
(atualizado às 12h01)
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“Com quase trinta anos de carreira, Carlos Arruza participou ativamente da ampliação do teatro musical no Brasil. O ator, de 48 anos, esteve no elenco de espetáculos elogiados como ‘Comunità – Um Musical Italiano’ e ‘Mamma Mia’.

Na TV, foi visto recentemente em ‘Malhação - Viva a Diferença’ e ‘O Outro Lado do Paraíso’. O blog conversou com o artista a respeito de sua primeira produção musical e suas preferências na TV.

Como surgiu sua paixão pelo teatro musical?

O gênero musical chamou minha atenção desde cedo, assistindo a filmes na ‘Sessão da Tarde’, como ‘Funny Girl’, ‘West Side Story’, entre outros. Quando comecei a fazer teatro nos anos 80 ainda não se falava num segmento musical aqui no Brasil. Mesmo assim, algumas produções já ousavam investir. Iniciei com canto lírico e participei de óperas como ‘Otello’, ‘O Trovador’ e ‘Aída’, que foi minha estreia no Teatro Municipal do Rio, na montagem história de Fernando Bicudo, em 1986. Lembro quando fui assistir a ‘No Tempo das Operetas’, na companhia do ator Guilherme Karan (1957-2016). Tive a certeza de que era ‘aquele teatro’ que eu queria fazer. Naquela época, Karan já era uma referência no meio artístico. Ele também cantava. Foi o principal incentivador da minha ca rreira e se tornou uma referência para mim também. 

Arruza acompanhou a repercussão nas redes sociais de seu personagem na novela das 21h da Globo
Arruza acompanhou a repercussão nas redes sociais de seu personagem na novela das 21h da Globo
Foto: Divulgação

De onde buscou inspiração para escrever seu primeiro musical infantil?

Meu musical infantil surgiu da minha prática como professor de teatro no Tijuca Tênis Clube, no Rio, entre 1993 e 2003. Após idealizar e realizar o festival Maria Clara Machado, onde dirigi cinco peças de autoria dela, que colaborou muito comigo na seleção dos textos, decidi escrever o texto, as letras e compor as músicas. Convidei Letícia Spiller, Cláudio Tovar e Amora Pera para interpretar algumas canções e registrá-las em CD para ter certeza se a ideia funcionaria. O resultado foi genial. A peça se chama ‘Um Tamanduá Bandeira Formigável’. Conta a história de uma colônia de formigas que se vê ameaçada com a chegada de um tamanduá, mas é surpreendida com alguns fenômenos naturais que revertem o conflito.

Como foi participar de uma temporada tão especial de ‘Malhação’ (Viva a Diferença), elogiada por abordar temas sociais relevantes? 

Para mim, foi um ótimo retorno à TV. Me senti acolhido pelo elenco e tive a sorte de contracenar mais uma vez com Mouhamed Harfouch, depois de dividir o palco com ele no musical ‘Ou tudo ou Nada’. Meu personagem em ‘Malhação’, o Ivan, é um professor de Biologia e aparece justamente quando o personagem de Mouhamed, o Boris, sofre injustiças com a chegada da nova diretora. A visibilidade da TV sempre nos aproxima do grande público, favorecendo uma ferramenta mais eficaz de intervenção artística.

Em ‘O Outro Lado do Paraíso’, seu personagem, Dr. Mariani, foi demitido por um ato homofóbico de um gay então enrustido, Dr. Samuel (Eriberto Leão). Como foi a repercussão?

As redes sociais são a melhor forma de provar a importância de um momento como esse. Vi que muitos se manifestaram mostrando indignação e se comprometendo com suas opiniões. Isso é genial. Esse elenco é uma pérola e o acolhimento de toda a equipe faz você querer atuar sempre.

 O ator em ‘Malhação – Viva a Diferença’ e como Dr. Mariani de ‘O Outro Lado do Paraíso’
O ator em ‘Malhação – Viva a Diferença’ e como Dr. Mariani de ‘O Outro Lado do Paraíso’
Foto: Divulgação

Como foi o convívio naquele núcleo do hospital?

Vale citar que todos, incluindo o elenco de apoio e a equipe técnica, fazem das gravações um momento de muita interação e cumplicidade. Naquele hospital só tem fera.

O que costuma assistir na TV e que tipo de personagem gostaria de interpretar?

Assisto a tudo na TV. Algumas coisa relaxam, outras estimulam. Linguagem, técnica, arte... Cada um falando a sua língua. Para interpretar, eu prefiro os vilões.

Quais colegas de TV o inspiram?

Tenho enorme admiração pelo Selton Mello e por meu ídolo maior, Marco Nanini.

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