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Ranking de campeões do BBB agora tem 10 homens e 10 mulheres

Engajamento de telespectadoras surpreende na edição histórica marcada pelo combate aos chernoboys

28 abr 2020 - 08h47
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Há empate na guerra dos sexos no Big Brother Brasil. O reality show mais amado e odiado da televisão teve desde a primeira edição, em 2002, dez campeões (Kleber Bambam, Rodrigo Cowboy, Dhomini Ferreira, Jean Wyllys, Diego Alemão, Rafinha Ribeiro, Max Porto, Marcelo Dourado, Fael Cordeiro e Cezar Lima) e dez campeãs (Cida Santos, Mara Viana, Maria Melillo, Fernanda Keulla, Vanessa Mesquita, Munik Nunes, Emilly Araújo, Gleici Damasceno, Paula von Sperling e Thelma Assis). Um homem não vence o programa desde 2015, quando o estudante de direito paranaense Cézar Lima obteve 65% dos votos na disputa com a empresária paulista Amanda Djehdian.

Alguns dos mais populares vencedores do principal reality show da Globo: Vanessa Mesquita (BBB14), Diego Alemão (BBB7), Cida Santos (BBB4), Marcelo Dourado (BBB10), Maria Melillo (BBB11) e Kleber Bambam (BBB1)
Alguns dos mais populares vencedores do principal reality show da Globo: Vanessa Mesquita (BBB14), Diego Alemão (BBB7), Cida Santos (BBB4), Marcelo Dourado (BBB10), Maria Melillo (BBB11) e Kleber Bambam (BBB1)
Foto: Fotomontagem: Blog Sala de TV (Fotos: Divulgação / TV Globo)

Se nas temporadas anteriores a rivalidade entre gêneros era coadjuvante, a luta potilizada que opõe homens e mulheres ganhou protagonismo absoluto no BBB20. O tão decantado empoderamento feminino foi colocado à prova com a ação estratégica da maioria dos brothers da casa — apelidados de chernoboys em referência ao desastre nuclear de Chernobyl — e a mobilização de machistas e feministas entre os telespectadores.

Esta temporada derrubou a impressão popular de que a maioria dos votantes que decidiam os paredões era de homens. De acordo com dados divulgados pelo Data Center da Globo, 67% dos votos foram de mulheres. O engajamento feminino para defender as sisters atacadas com elementos de misoginia e sexismo mobilizou principalmente jovens de 18 a 24 anos com forte atuação nas redes sociais. Foi um levante tão surpreendente que a maioria das enquetes online erraram o resultado dos paredões mais concorridos, como aquele que resultou na eliminação do então favorito Babu Santana.

A questão sociológica da equidade entre homens e mulheres ajudou a reinventar o Big Brother Brasil. Após edições mornas e algumas desastrosas, como a décima nona, o show de realidade se mostrou não apenas entretenimento eficiente, como também uma plataforma para o debate de ideias, preconceitos e tabus. O que era para ser somente escapismo descartável em tempos de isolamento social virou um espelho da problemática sociedade brasileira. Por meio das declarações e atitudes dos  participantes, nós vimos o melhor e o pior do que somos. Com isso, nasce expectativa gigantesca em relação ao BBB21 pós-pandemia de Covid-19.

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