Quem odeia o ‘BBB’ está órfão: agora vai falar mal do quê?
Milhões de brasileiros amam detestar o polêmico reality show da Globo
Todo ano é a mesma coisa: são quase três meses de amor e ódio nas redes sociais.
O ‘Big Brother Brasil’ divide tanto o País quanto as ideologias políticas.
Os ‘haters’ afirmam que o reality show da Globo é pura futilidade e emburrece o telespectador.
Já os ‘bbbmaníacos’ o veem como entretenimento demasiado humano e uma ‘novela da vida real’ melhor que as tramas ficcionais.
Ao final do programa, todos vivem uma espécie de luto: torcer pra quem? Falar mal do quê? Votar em quem? Postar contra o quê?
São poucos os programas da TV aberta que conseguem expressiva mobilização do público nas conversas de rua e nas redes sociais.
O ‘Big Brother’ se apoia na empatia do público. Ao se colocar no lugar de um ou vários participantes, o telespectador vira uma peça do jogo.
Muitas vezes, vê-se refletido e representado, e torna-se fã e votante a favor.
Assim como identifica seus algozes da vida real em alguns competidores e passa a detestá-los gratuitamente.
Na atração com formato da produtora Endemol Shine, a disputa pelo prêmio em dinheiro vira pano de fundo para o experimento da convivência.
Quem assiste ao ‘BBB’ também vive as sensações boas e más de quem está confinado.
Arrancar o telespectador da letargia e da indiferença diante da TV é o maior mérito do difamado ‘Grande Irmão’.
Para sobreviver como veículo de massa, a televisão precisa investir mais nessa interação baseada na passionalidade.
No vídeo com telespectadores exibido durante a final, uma moça lamentou a abstinência que sofrerá sem o ‘BBB’: “Não sei se vou sobreviver”.
Calma, em janeiro de 2019 vai começar tudo de novo...