‘O Outro’ já é maior sucesso da Globo desde ‘Avenida Brasil’
Novela consolida recuperação da teledramaturgia da emissora após alguns fracassos
No ar desde outubro, ‘O Outro Lado do Paraíso’ ficará no ar até a segunda semana de maio.
O folhetim de Walcyr Carrasco está com média de 37.5 pontos de acordo com aferição da empresa Kantar Ibope.
Dois pontos acima do índice da trama antecessora, ‘A Força do Querer’, de Gloria Perez.
A novela protagonizada pela heroína justiceira Clara (Bianca Bin) tornou-se o maior êxito em audiência na faixa das 21h da Globo desde ‘Avenida Brasil’, de 2012.
Os quiproquós de Carminha (Adriana Esteves) e Nina/Rita (Debora Falabella) renderam 39 de média.
Apesar de ter capítulos com 46 pontos de média, é improvável que ‘O Outro Lado do Paraíso’ alcance o número do novelão que fez o Brasil parar diante da TV seis anos atrás.
Ainda assim, a produção atual tem o mérito de estabilizar a teledramaturgia do principal horário de faturamento da emissora líder.
A Globo foi sacudida por alguns fiascos recentes no Ibope, como ‘A Lei do Amor’ (média 27) e ‘Babilônia’ (25 pontos), e resultados abaixo da expectativa, a exemplo de ‘A Regra do Jogo’ (28 de média) e ‘Velho Chico’ (29 pontos).
‘A Força do Querer’ conseguiu uma recuperação surpreendente para a badalada faixa das 9 da noite – trouxe de volta mais de 30% do público.
Agora, ‘O Outro Lado do Paraíso’ amplia a distância da Globo em relação às principais concorrentes, SBT e Record TV, cuja dramaturgia se estagnou.
Essa boa fase tem chance de ser prolongada. Vem aí uma ficção assinada por João Emanuel Carneiro, autor de ‘Avenida Brasil’.
Após o deslize com a soturna ‘A Regra do Jogo’, ele vai apresentar uma trama solar ambientada na Bahia, ‘Segundo Sol’.
Em seguida, Aguinaldo Silva, que tirou a Globo de uma crise ao escrever ‘Império’, irá reintroduzir o realismo fantástico no horário nobre do canal com ‘O Sétimo Guardião’.
Fortalecida, a teledramaturgia global não parece se sentir ameaça pela excelente ficção disponível em canais pagos e serviços de streaming como a Netflix.
As novelas da Globo demonstram ainda ter vida longa.
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