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Atriz de 'Confissões de Adolescente' volta à TV

21 fev 2009 - 08h20
(atualizado às 08h33)
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Foi repentino como um ataque de fúria adolescente. Georgiana Góes estourou na TV como Bárbara, da série Confissões de Adolescente, em 1994, fez mais três novelas e sumiu da teledramaturgia. Agora, ela volta à TV como a professora idealista Juliana, de Malhação.

"O magistério está muito próximo de mim. Meu pai e meu avô eram professores", conta a atriz, ao dizer onde foi buscar referências. Mas a maior recompensa para Georgiana é poder voltar a falar com os jovens. E a atriz ressalta que, hoje, eles são bem diferentes do tempo em que ela começou. O prazer está em encontrar a melhor forma de se comunicar com as novas gerações. "Quando comecei, a internet não estava em todos os cantos. Hoje os jovens absorvem as informações com mais rapidez, mas talvez com mais superficialidade. Estou conhecendo essa galera", avalia a atriz.

Confira a entrevista:

A última novela que você fez do início ao fim foi O Amor Está no Ar, em 1997. Ficar tanto tempo longe da teledramaturgia foi uma opção sua ou não houve convites nesse tempo?

É uma mistura das duas coisas. Depois de estrear em Confissões de Adolescente e fazer três novelas seguidas, senti uma necessidade de voltar um pouco para a minha área de formação, que é o teatro. Confissões foi um sucesso e com a TV vi que um universo muito grande estava se abrindo. Quis me recolher um pouco. Mas com isso você acaba saindo do meio, as pessoas não te vêem...

Malhação foi uma boa possibilidade de retornar à TV?

O convite aconteceu e achei que era hora de encarar. Depois de todo esse tempo, pensei que deveria fazer um trabalho mais longo na TV, mesmo estando em cartaz com uma peça, que é Hamlet. Minha personagem Juliana é uma idealista e acho que idealismo é uma palavra que sempre combina com juventude. As questões levantadas por meio desse papel, que são a educação e o ambiente escolar, são interessantes. A verdade é que comecei na TV com um trabalho voltado para jovens e adoro trabalhar com esse público. Muita gente ainda me aborda para falar da Bárbara de Confissões.

É bom ter um personagem tão marcante na carreira ou há um lado ruim de ser lembrada sempre pelo mesmo papel?

Eu acho ótimo e tenho o maior orgulho. O Confissões de Adolescente é tão lembrado assim porque também já foi reprisado inúmeras vezes. Fomos até para Portugal por causa desse trabalho. Tem muita história para lembrar. Sem contar que foi um projeto diferenciado na época, um dos primeiros feitos em película para a TV. Muita gente me encontra e diz que a série fez parte da adolescência delas. Eu cresci junto com uma geração. E Malhação me dá a oportunidade de encontrar uma galera nova. Alguns nem eram nascidos naquela época. É realmente prazeroso.

Apesar de ter uma formação teatral, você gosta de fazer TV?

A TV é um prazer diferente para mim. Tenho uma paixão pelo teatro, sim, porque é o que está mais ligado à minha história. E foi onde escolhi me formar. É interessante passar pelo exercício do teatro embora eu acredite que uma pessoa pode ser um grande ator passando só pela televisão. A rapidez da TV é incrível, você tem de prestar a atenção em um monte de coisas ao mesmo tempo, o que exige uma concentração. Mas me formei em teatro muito cedo, com 15 anos eu já tinha carteira profissional.

Começar cedo na profissão ajuda ou atrapalha?

Eu me assustei um pouco quando comecei a fazer sucesso na TV, mas não vejo isso de forma negativa. O mais difícil quando você começa cedo é aliar os sonhos profissionais com o retorno financeiro. É a TV que remunera melhor mesmo. A gente consegue viver de teatro porque é apaixonado. Mas para viver dignamente tem de se virar em mil. Isso foi uma dificuldade para mim por um bom tempo. Hoje felizmente não é mais. Tenho minha independência financeira.

Foto: TV Press
Fonte: TV Press
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