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Ao discutir a violência, repórteres de TV revelam crimes sofridos

23 mai 2015 - 01h01
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Sandra Coutinho: 10 furtos no Rio e dois sustos em Paris (Foto: Reprodução/Twitter)
Sandra Coutinho: 10 furtos no Rio e dois sustos em Paris (Foto: Reprodução/Twitter)
Foto: Sala de TV

Na semana em que o noticiário destacou a morte do médico Jaime Gold, esfaqueado enquanto pedalava na Lagoa, zona sul do Rio, a GloboNews fez vários debates sobre a falta de segurança pública e o clima de medo experimentado por quem mora em grandes cidades.

Na sexta-feira (22), a apresentadora Leila Sterenberg mediou uma discussão no telejornal Edição das 18h, com a participação do especialista em Segurança Pública do Grupo Globo, Diógenes Lucca, e de correspondentes internacionais do canal.

Lúcia Müzell, que vive em Paris há 9 anos, revelou ter sido furtada na Torre Eiffel logo no primeiro fim de semana após se mudar para a capital francesa. Apesar do susto, a jornalista afirma se sentir segura em circular sozinha pela cidade, inclusive à noite.

Baseada em Nova York há vários anos, Sandra Coutinho contou nunca ter sido vítima de crime na maior cidade norte-americana.

Porém passou por duas situações dramáticas também em Paris: um roubo com violência física e uma tentativa de assédio sexual, ambas em estações de metrô.

"Nem Paris é perfeita", comentou Leila. No Rio, onde morava antes de viver nos Estados Unidos, Sandra Coutinho foi furtada dez vezes.

Violência é notícia

Antes quase restritas aos programas policiais (alguns merecedores do rótulo pejorativo 'policialesco'), as notícias sobre crimes ocupam cada vez mais espaço nos telejornais de maior audiência.

Casos que antes seriam vistos apenas em atrações como Cidade Alerta (Record) e Brasil Urgente (Band) agora estão na escalada de manchetes do Jornal Nacional e em jornalísticos de canais pagos.

Há uma crítica recorrente de que apenas crimes em áreas nobres e com vítimas das classes média e alta ganham destaque no horário nobre da TV, enquanto os homicídios de pobres nas periferias são ignorados.

De acordo com dados do estudo Mapa da Violência, cerca de 154 brasileiros são assassinados por dia no país. Obviamente a maioria acontece em lugares onde a lente das câmeras de televisão não alcança.

No caso da morte do Dr. Jaime Gold, o fato de testemunhas do latrocínio apontarem menores de idade como culpados pela atrocidade coincidiu com o acalorado debate sobre a redução da maioridade penal.

Para telejornais e atrações policiais, a tragédia que se abateu sobre o médico ciclista ganhou um simbolismo fortíssimo para ampliar a pauta do momento.

Diante da TV, aquele telespectador ainda indiferente ao assunto foi instigado a tomar uma posição.

Lúcia Müzell: furtada em plena Torre Eiffel (Foto: Reprodução/Twitter)
Lúcia Müzell: furtada em plena Torre Eiffel (Foto: Reprodução/Twitter)
Foto: Sala de TV
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