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"Adoraria ser como Dalila, mas sou frágil e boba", diz Mel Lisboa

4 jan 2011 - 13h56
(atualizado às 13h58)
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Gabriel Perline
Rio de Janeiro

Ela surgiu na TV em 2001 na pele da ninfeta Anita, na minissérie Presença de Anita, na Globo. Agora, após três anos sem nenhum trabalho na TV, Mel Lisboa ressurge de casa nova. Recém-contratada pela Record, seus passos indicam uma retomada da fama tal qual se iniciou há exatos dez anos: como protagonista da principal minissérie projetada no ano pela concorrente daquela que a lançou no mercado.

Mel Lisboa é Dalila na minissérie Sansão e Dalila, que estreia nesta terça-feira (4), na Record, e não quer que sua nova personagem seja comparada àquela que a tornou famosa no País. "A ideia não é essa", pontuou a atriz, que tenta se distanciar cada vez mais da imagem de Anita.

Empolgada com o novo trabalho, Mel disse que nunca teve um trabalho tão denso e profundo, capaz de fazê-la chorar até mesmo nos workshops de preparação para a personagem. "Eu chorava todos os dias, tanto que ganhei fama de chorona", comentou a atriz. "A trajetória de Dalila é muito dura e eu fico muito mexida com tudo isso. Quando vou gravar cenas difíceis, eu não preciso fazer esforço para chorar, porque eu simplesmente estou sentindo aquilo de fato", acrescentou a atriz, que sequer se sente parecida com sua personagem. "Eu adoraria ser como Dalila, mas sou frágil e boba".

Veja abaixo a entrevista que Mel Lisboa concedeu ao Terra:

Como está sendo a experiência de mudar de emissora e ganhar logo o papel principal de um dos principais produtos de 2011 da Record?

Para mim está sendo maravilhoso, incrível, uma experiência maravilhosa, porque eu estou fazendo um trabalho muito bacana, muito intenso, uma personagem fantástica, então eu estou tendo a oportunidade de me dedicar bastante, de aproveitar tudo. Eu não poderia estar mais feliz. É tudo feito com muito cuidado. É uma minissérie com 16 capítulos fechados, onde posso fazer um trabalho com dedicação, porque sei que não vai mudar. Na novela, às vezes, você cria uma personagem e daqui a pouco ela muda. A minissérie é como o cinema, você pode se jogar naquilo, porque antes de você começar a gravar, você já sabe o começo, meio e fim. Já sabe toda a trajetória de sua personagem. Então a gente, por exemplo, foi gravar a minissérie fora de ordem. Tem vezes que eu gravo cenas do 1º e do 16º capítulo no mesmo dia. Isso é possível porque a gente sabe qual é a trajetória das personagens.

Você ficou três anos sem nenhum trabalho na TV...

É, acho que foram três anos.

Por que você acha que a Globo não te aproveitou melhor?

Eu não sei. Eu tive um filho no meio do caminho. Engravidei depois da novela (Sete Pecados) e fiquei um tempo sem poder trabalhar e quando meu filho estava um pouquinho maior já estava chegando o fim do contrato. Não sei, não tem como explicar.

Como foi o seu preparo para interpretar Dalila?

A gente teve muito tempo de preparo e eu até fiz aulas de dança. A gente não tem uma referência de como era a dança das mulheres dessa época, fizemos uma criação em cima daquilo que achávamos que pertencia àquela época e em cima de elementos que sabíamos que existiam, mas também exercitamos bastante a licença poética. Tivemos dois meses de preparação, estou trabalhando na minissérie desde junho.

Ela é bem diferente de tudo que você já fez até hoje. Antes você estava mais acostumada a gravar em estúdio e agora foi a campo, se sujeitou às mais diferentes condições climáticas. Como você fez para se cuidar?

Usei muito protetor solar. Como ventava muito, eu nem sentia tanto calor, mas a luz, ficar o dia inteiro gravando, eu não podia colocar óculos de sol porque poderia marcar meu rosto. Teve um dia que eu fui gravar no meio da areia e fiquei com muita dor de cabeça, aí eu entendi a burca. Eu comecei a colocar o paninho e deixar os olhos de fora e aquilo me ajudou muito. A roupa deles, naquela época, não eram muito bonitas, mas ajudavam a proteger do calor, do Sol.

Para você, quem é Dalila?

A Dalila, na história original, chega no final. Ela é contratada pelo príncipe e é incubida de descobrir de onde vem a força de Sansão. O que foi feito na minissérie é retratar a história dela desde o início, que não é contada na história original. Eu acredito que há uma humanização da Dalila, porque ela passa por momentos muito difíceis, pois a história dela é muito dura e ela vai se endurecendo, se tornando forte por superar estas dificuldades, querendo ficar cada vez mais forte. Ela tenta galgar seu espaço dentro do palácio como a protegida do príncipe, porque ela quer poder, dinheiro e ela tem traumas. Quando ela conhece Sansão, ela já está no topo do poder e no topo do trauma. Então, quando ela conhece aquela figura doce, que faz carinho, que a ama e que ela nunca recebeu de ninguém, é muito difícil para ela, porque ela tem uma missão, só que ela sente uma coisa que nunca sentiu na vida e aí fica tudo muito difícil para ela. Eu não considero a Dalila má, eu a considero uma mulher muito guerreira. Naquela época as pessoas agiam e reagiam, não tinha tanto essa coisa moralista. Se você faz alguma coisa comigo eu vou revidar, esse era o pensamento das pessoas.

Você se sente como a personagem?

Eu adoraria ser do jeito que ela é. Ela é aquela mulher que eu acho que qualquer uma vai olhar e dizer: "eu quero ser igual a Dalila". Ela é um mulherão, poderosa. Eu adoraria ser como Dalila, mas sou frágil e boba.

Qual é a parte mais difícil em ser Dalila?

Eu acho que a parte psicológica. O físico a gente vai adaptando, como o figurino, megahair, maquiagem, adapta tudo. Mas durante a preparação com a Maria Cecília eu chorava todos os dias, tanto que ganhei fama de chorona. Todos os dias eu chegava no workshop e chorava, porque a trajetória de Dalila é muito dura e eu fico muito mexida com tudo isso. Quando vou gravar cenas difíceis, eu não preciso fazer esforço para chorar, porque eu simplesmente estou sentindo aquilo de fato.

E com todo esse poder de sedução que ela tem, a gente vai lembrar um pouco da Anita, da minissérie Presença de Anita?

Espero que não, a ideia não é essa (risos).

Como você faz para esconder suas tatuagens?

É bem trabalhoso, eu demoro duas horas para ficar pronta todos os dias. Quando as gravações estão marcadas para começar às 13h, eu chego às 10h30. Essa maquiagem é específica para tatuagem, se não me engano é à base de álcool. É um airbrush, que é uma base dura, mais espessa, que só sai com álcool, que dura de um dia para o outro. Eu posso dormir com ela, vir amanhã e só dar um retoque. Não sai com fricção de tecido.

Mel Lisboa retoma a carreira na TV como Dalila, na minissérie 'Sansão e Dalila'
Mel Lisboa retoma a carreira na TV como Dalila, na minissérie 'Sansão e Dalila'
Foto: Divulgação
Fonte: Redação Terra
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