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A Lei do Amor desperta o prazer de assistir a um bom novelão

11 out 2016 - 13h52
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Foto: Sala de TV

As chamadas de estreia de A Lei do Amor eram tão despretensiosas que suscitavam dúvida a respeito do potencial da novela.

Mas bastaram 7 capítulos no ar para o folhetim mostrar a que veio. É aquele novelão bem feito, com trama interessante e contada com inspiração, sem as pretensões vazias de quem ambiciosa revolucionar a teledramaturgia.

Há total sintonia entre o texto objetivo, as atuações no tom certo e uma direção discreta, longe de querer roubar a cena.

Os autores Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari foram hábeis ao apresentar o perfil psicológico dos personagens e lançar as principais tramas sem didatismo nem grandes recursos dramatúrgicos.

Ao mesmo tempo, alguns segredos vão surgindo para instigar o telespectador. Tudo isso embalado pelo elemento básico de uma boa novela: o amor e suas intermitências. Sentimento pouco ou mal explorado em produções recentes da emissora.

Há ainda a crítica social da corrupção na política, da busca doentia por poder e da religiosidade como muleta emocional. Temas abordados acertadamente sem proselitismo.

Num primeiro momento, A Lei do Amor pode parecer simples demais, pragmática em excesso. Contudo sua sofisticação está exatamente nesse jogo aberto com o público.

Não se trata de uma novela intelectualizada ou com grandes aspirações artísticas. É um produto de entretenimento que, por enquanto, cumpre sua missão.

Do elenco, importante ressaltar o vigor de Tarcísio Meira (Fausto) aos 81 anos. Fazia tempo ele não tinha um personagem tão rico em emoções e contradições.

Vera Holtz, na pele da vilã Magnólia, não precisa mais do que um olhar e um sorriso cínico para transmitir as intenções nefastas da personagem.

Em poucas cenas juntos, Reynaldo Gianecchini (Pedro) e Cláudia Abreu (Helô) provaram ter a química necessária para funcionar como principal par romântico.

Ambos carismáticos, eles têm sido felizes em mostrar com sutileza as dores e mágoas de seus personagens, sem aborrecer os noveleiros com dramaticidade exagerada.

O sétimo capítulo mostrou outra façanha de A Lei do Amor: o bom uso dos efeitos de computação gráfica.

A sequência do acidente de carro de Fausto (Tarcísio Meira) e Suzana (Regina Duarte) foi criativa, bem executada e emocionante.

No Ibope, a novela está com média de 27.8 pontos, menos do que marcou no mesmo período a antecessora na faixa das 21h, Velho Chico.

Mas deve crescer em audiência com esse início empolgante da segunda fase. Ontem, voltou à casa dos 30 pontos.

A Lei do Amor tem direção artística de Denise Saraceni e direção geral de Natália Grimberg.

Foto: Sala de TV
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