Justiça determina leilão de dois carros do humorista Nego Di avaliados em R$ 500 mil
Dois carros de luxo do humorista Nego Di vão à leilão após determinação da Justiça
Os veículos de luxo do humorista Nego Di, cujo nome de registro é Dilson Alves da Silva Neto, serão leiloados em novembro por decisão da Justiça do Rio Grande do Sul. A medida faz parte de um processo que investiga o ex-BBB por supostas rifas ilegais e outros crimes financeiros. Dois carros de alto padrão foram apreendidos e agora destinados à venda antecipada para evitar desvalorização ou deterioração, conforme determinação judicial. "Esse tipo de medida é adotado quando há risco de desvalorização ou deterioração dos bens ligados a investigações criminais", afirmou a Justiça.
Os veículos foram avaliados em agosto de 2025, totalizando R$ 508.851,90, e o leilão será online em duas datas: 5 e 12 de novembro, às 14h. O primeiro lote inclui uma RAM Classic Laramie 2022, vermelha e blindada (nível III-A), avaliada em R$ 245.583,90. O segundo lote é uma Range Rover Velar 2.0 P250 R-Dynamic SE 2018, branca, estimada em R$ 263.268,00. A ação judicial está ligada a um suposto esquema de rifas virtuais conduzido por Nego Di e sua parceira Gabriela Vicente de Sousa, que, segundo o Ministério Público, movimentou aproximadamente R$ 2,5 milhões de maneira irregular.
Investigação sobre rifas e outras acusações
O caso mais emblemático envolve o sorteio de um Porsche avaliado em mais de R$ 500 mil, cujo resultado teria sido manipulado. "A pessoa anunciada como ganhadora nunca existiu. O MP afirma que Nego Di teria adquirido o número premiado e transferido o carro antes do fim da ação promocional", declarou o órgão. Vídeos divulgados pelo influenciador mostram tentativas de contato com a suposta vencedora, cujo telefone estaria vinculado a múltiplos contatos, levantando suspeitas sobre a veracidade do sorteio. Além disso, Nego Di teria utilizado contas de terceiros para movimentar os valores, ocultando a origem do dinheiro.
Além das rifas, o humorista enfrenta processos por estelionato relacionados à loja virtual Tadizuera, operada com o sócio Anderson Bonetti, onde produtos eletrônicos pagos nunca foram entregues. Ele foi condenado a 11 anos e 8 meses de prisão, mas permanece em liberdade provisória desde novembro de 2024, cumprindo medidas cautelares, como restrição de redes sociais e entrega de passaporte. Nego Di também respondeu por divulgar informações falsas sobre enchentes em Canoas e Porto Alegre, sendo obrigado a remover publicações e proibido de novas postagens sob pena de multa de R$ 100 mil.