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Pink lança o catártico ‘Trustfall’ - leia esta análise antes de escutar

Cantora enfrentou diversos perrengues nos últimos anos e solta grito de superação em forma de disco

17 fev 2023 - 15h29
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Foto: Reprodução

Pink passou por maus bocados durante a pandemia. Ela e o filho (de 3 anos à época) Jameson desenvolveram quadros graves de Covid e ela chegou a fazer novo testamento quando pensou que não sobreviveria. Não apenas não morreram como a cantora de voz inconfundível transformou a experiência em álbum, que é lançado nesta sexta-feira (17), “Trustfall”.

No ano seguinte à ocorrência de Covid no núcleo da família, ela perdeu o pai para um câncer de próstata. Daí a motivação do título “Queda de confiança”, em tradução livre, e de outras faixas do álbum.

Daí também a variedade de gêneros que estão depositados nas 13 faixas e pouco mais de 43 minutos de “Trustfall”.

É preciso ir além da tendência atual de focar em single(s) e escutar e absorver a obra na integridade, já que nas letras ela redige quase cartas de superação de dificuldades, sejam elas quais forem.

Para uma artista considerada da cúpula da realeza pop, Pink abre o trabalho com uma sensível balada de piano e voz, “When I Get There”. É fácil identificar o recado ao pai de cara: “Eu penso em você quando penso na eternidade/ Eu ouço uma piada e sei que você teria contado melhor/ Eu penso em você do nada/ Quando estou assistindo a um filme que você odiaria/ Você disse que nunca foi de hesitar/ Que sempre foi o primeiro da fila/ Então, por que seria diferente para o Paraíso?”.

Na sequência, na canção que batiza o disco, ela parte de sintetizador para construir a canção pop quase perfeita, com tudo a que tem direito - kick a um minuto de música, dançante, beat alto.

Ela sabe ser climática e introspectiva com a ajuda dos folk rockers do The Lumineers em “Long Way to Go”, mistura indie pop com o duo First Aid Kit em “Kids in Love” e engata no trilho puramente pop novamente com a sugestiva “Never Gonna Not Dance Again” (baita climão de Dua Lipa nesta).

Guinada 80s em “Runaway”, para dance music em “Last Call” e para baladas com “Lost Cause” e “Our Song”.

O final tem mais uma curva em U com o country roqueiro alternativo Chris Stapleton, que já havia trabalhado com ela no disco anterior.

“Trustfall” tem toda essa riqueza depositada no trabalho mais pessoal da artista desde que estreou solo em 2000. Aproveite-o dessa forma.

Cucamonga
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