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Temas políticos, amorosos e dançantes marcam show de Gal Costa

Para acomodar os diferentes temas, diretor artístico dividiu o roteiro do show em três partes

14 set 2019 - 16h11
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Diretor artístico de A Pele do Futuro, o disco, Marcus Preto é também o responsável pela construção do roteiro do novo show de Gal Costa - em diálogo com a cantora. Marcus gosta de instigá-la artisticamente com novidades - ou com bem-vindos resgates tirados de sua obra. Nessa troca, Gal contou a ele, por exemplo, sobre seu desejo de ter "uma coisa dançante" no espetáculo. "Então, na hora de ir atrás das canções, eu falei que tinha que ter um bloco de músicas para dançar, e obviamente esse bloco tinha que ser no final, porque é a melhor hora para isso. Aí fiquei pensando em dividir esse roteiro em três partes", conta ele.

Segundo Marcus, a apresentação precisava ter "um dedo na política também". Surgiu, então, a ideia do primeiro bloco. "Teve espelho com o começo da carreira, com o tropicalismo, e imediatamente veio Mamãe Coragem, e London, London. Inclusive, tem uma parte inteira na letra que é diferente da versão que a gente aprendeu com o RPM, que tinha aprendido com Caetano, tem uma estrofe inteira ali que é da gravação dela. A gente manteve nessa versão nova", diz.

As Curvas da Estrada de Santos, de Roberto e Erasmo Carlos, também foi ideia de Gal. "Porque ela tinha cantado lá atrás em algum show e nunca gravou. Fora que essa música também tem a ver com exílio. Roberto foi a Londres, mostrou essa música para Caetano, que teve uma crise de choro e, por causa disso, Roberto compôs Debaixo dos Caracóis dos Seus Cabelos para ele", relembra Marcus.

Já o meio do show traz um bloco amoroso, reflexo também da atmosfera que marca o disco A Pele do Futuro (que contou ainda com produção de Pupillo).

"E o final é isso: vamos dançar mesmo, começando com Chuva de Prata, que é uma das músicas que mais tocaram na minha infância", continua ele. "Achei que tinha de ter Chuva de Prata, uma música bonita, uma letra legal, uma coisa mais abraçadinho para depois poder entrar a fase disco e os frevos, que são apoteóticos."

Estadão
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